A procuradora do Ministério Público de Goiás (MPGO), Carla Fleury de Souza, fez uma declaração que repercurtiu nas redes sociais, nesta quarta-feira (31/5).
De acordo com ela, o salário de promotores é incompatível com o ‘alto custo de vida’ dos servidores do judiciário.
Procuradora do MPGO critica salário
Na última segunda-feira (29), durante a 5ª sessão ordinária do Conselho de Procuradores da Justiça (CPJ) em Goiânia, a procuradora afirmou que o salário não é o bastante para suprir as necessidades de sua família.
Ela ressaltou que sente pena dos promotores iniciantes, posto que o custo de vida “é muito caro”, colocando como exemplo as despesas de escola de filhos.
“Eu tenho dó dos promotores que estão iniciando aqui a carreira. Promotores que têm filhos na escola, porque o custo de vida é muito caro”, disse.
Além disso, durante sua declaração, ela mencionou ter sorte por contar com o apoio financeiro do marido “que sustenta a casa”, o que lhe permite destinar seu salário para satisfazer suas “vaidades”, como aquisição de joias e calçados. Veja o vídeo:
De acordo com o Portal da Transparência do Ministério Público, em abril de 2023, o salário bruto recebido pela servidora alcançou o valor de R$ 54 mil. Porém, o valor líquido foi de R$ 39,5 mil.
Procuradora relatou ‘tempos difíceis’ quando o pai começou na carreira de promotor
Filha do ex-procurador-geral de Justiça Carlos de Souza, Carla contou, durante a sessão ordinária, as dificuldades que sua família passou, quando o pai iniciava na carreira de promotor.
De acordo com Carla, o pai colocava o carro em “ponto morto” para descer ruas do Setor Sul, bairro nobre da capital goiana, para economizar gasolina.
Isso é uma verdade, é triste, mas foi o que eu passei”, disse.
Além disso, ela destacou que o pai entrou com pedido de aposentadoria um dia após completar o tempo de serviço. Segundo ela, mesmo aposentado o pai começou a advogar para pagar mensalidades de escola que “estavam atrasadas há seis meses”.
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O Portal Dia tenta contato com Carla para comentar as declarações, mas até o fechamento desta matéria, não obteve retorno. O espaço segue aberto. Já o MPGO disse à nossa equipe que a “declaração é de cunho pessoal e não representa o pensamento da instituição”.