O prefeito de Cabeceiras, Everton Francisco de Matos, conhecido como Tuta, afirmou que vai abrir um procedimento administrativo para apurar a suposta fraude em cartão de vacina no município.
O caso veio à tona na manhã desta quarta-feira (3/5) na Operação Venire, da Polícia Federal (PF), que investiga a inserção de informações falsas no sistema do Ministério da Saúde.
Operação apura fraude em cartão de vacina
▪️ Durante a operação, a PF cumpriu seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. Um dos mandados foi cumprido na residência de um médico oftalmologista, no município de Cabeceiras, que atuou na saúde municipal nos anos de 2020 e 2021.
▪️ Informações apontam que o médico seria o responsável por fraudar o cartão de vacina da esposa de Mauro Cid, ajudante de ordem do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.
▪️ Além disso, também há suspeita de fraude na vacinação do ex-presidente e da filha dele, de 12 anos. A suposta fraude teria acontecido pouco antes da viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos.
▪️ O prefeito da cidade informou que a equipe jurídica da cidade vai abrir um processo para apurar e entender de qual forma foi extraído o cartão de vacina.
▪️ Tuta ainda contou que o médico não trabalhava onde acontecia a vacinação, entretanto, no local de trabalho dele havia cartões timbrados em branco para casos emergenciais.
▪️ Atualmente, o médico investigado pelas fraudes possui registros ativos em Goiás e no Rio de Janeiro.
▪️ Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás informou que não recebeu qualquer notificação da PF sobre a ação contra o médico goiano e informou que “todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Cremego ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo”.