O julgamento dos três policiais militares (PMs) acusados de matar o estudante Roberto Campos da Silva, conhecido como Robertinho, de 16 anos, e balear o pai dele, Roberto Lourenço da Silva, foi adiado.
Adiamento do júri popular do caso Robertinho
▪️ O júri popular estava previsto para acontecer na manhã desta segunda-feira (17/4), exatamente seis anos após o crime.
▪️ O julgamento foi adiado após um advogado de defesa apresentar um atestado médico. Os réus estavam presentes na sessão de júri.
▪️ Segundo o juiz Lourival Machado, a nova data do julgamento está prevista para o dia 17 de maio.
▪️ No tribunal, familiares de Robertinho estavam vestidos com camisetas estampadas com a foto do adolescente.
▪️ Os réus são acusados de tentativa de homicídio, homicídio triplamente qualificado, abuso de autoridade e fraude processual.
Relembre o caso
▪️ O crime aconteceu no dia 17 de abril de 2017, quando os policiais invadiram a casa da família sem identificação adequada, alegando investigação de posse ilegal de arma de fogo.
▪️ Os policiais teriam desligado o relógio de energia para invadir a residência da família.
▪️ Quando as luzes da casa foram apagadas, Robertinho e o pai foram ver o que tinha acontecido. Os policiais, sem se identificar, pediram para abrir o portão, mas ele se recusou. Neste momento, segundo a madrasta do estudante, os policias atiraram.
▪️ Durante a ação, os PMs dispararam diversas vezes, atingindo o adolescente com mais de dez tiros e seu pai com cinco.
▪️ Robertinho não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. Já o pai dele foi levado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e recebeu alta dias depois. Entretanto, ele ainda tem projéteis que não foram retirados do corpo.
▪️ À época, o pai de Robertinho tinha comprado uma arma, pois a família tinha sido vítima de um assalto há três meses. Eles foram feitos reféns e tiveram o carro roubado.
▪️ Os policiais envolvidos sempre alegaram que agiram em legítima defesa. Além disso, eles informaram que receberam denúncias que na casa das vítimas funcionava um ponto de tráfico de drogas.
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