Nesta quinta-feira (13/4), a Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagrou a Operação Collusion, que investiga fraudes na Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago). Ao todo, estão sendo cumpridos 18 mandados de busca e de apreensão nos municípios de Goiânia e Anicuns. Além disso, a polícia revela participação de, pelo menos, 13 servidores da companhia no esquema criminoso.
De acordo com o delegado Alexandre Otaviano, responsável pelo caso, foram bloqueados quase R$ 57 milhões em bens e direitos, incluindo nove veículos de luxo. A investigação visa apurar prejuízos aos cofres públicos do estado.
Durante a coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (13), o delegado expôs que a Sanefer, empresa contratada para construir, ampliar e manter o Sistema de Saneamento Básico de Água e Esgoto em seis municípios goianos (Campos Belos de Goiás, Nerópolis, Rio Verde, Pires do Rio, Iaciara e Aragarças), não realizou as obras ou as deixou inacabadas, apesar de ter recebido pagamentos da Saneago. Os fatos ocorreram entre 2010 e 2017.
Conforme aponta as investigações, a Saneago realizava pagamentos adiantados e, até mesmo, duplicados devido à participação de servidores no esquema, que falsificavam informações atestando a conclusão das obras.
Fraudes na Saneago: companhia diz que todos os contratos com a Sanefer foram passados por auditoria
Em nota ao Portal Dia, a Saneago esclarece que não houve busca e apreensão em nenhuma de suas unidades durante a Operação Collusion, mas que está colaborando com a Polícia Civil de Goiás na investigação. A empresa informa, ainda, que a operação se refere a contratos antigos, e que atualmente não possui nenhum contrato com a Sanefer.
A companhia ressalta, também, que desde 2019, todos os contratos celebrados com a Sanefer foram objeto de auditoria interna, cujos resultados foram encaminhados à Polícia Civil para apuração. Além disso, a Saneago informou que já ingressou com ações judiciais para ressarcimento de danos causados pela empreiteira.
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O Portal Dia entrou em contato com a Sanefer por telefone e email, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.