Na segunda-feira (27/3) foi realizado o processo licitatório dos ônibus elétricos do Eixão, porém, nenhuma empresa demonstrou interesse na operação. Desta forma, o edital da licitação deve ser revisado.
Por meio do Pregão Eletrônico 045/2022, a Metrobus locaria 114 ônibus elétricos para operar o transporte coletivo do Eixo Anhanguera, além das extensões para Goianira, Senador Canedo e Trindade.
De acordo com a Secretaria-Geral do Governo de Goiás (SGG), um novo edital será republicado em breve, dentro dos prazos estipulados pela legislação. Contudo, ainda não há uma data prevista para a divulgação do novo edital, mas a expectativa é que ocorra até abril.
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O objetivo do processo licitatório é de renovar toda a frota da Metrobus, por modelos elétricos, a um custo estimado de mais de R$ 1,5 bilhão.
Com a falta de interessados na operação dos ônibus elétricos do Eixo Anhanguera, o Governo de Goiás deve reavaliar alguns pontos do edital.
Enel questionou, na justiça, responsabilidades do edital
Na justiça, a Enel questionou a divisão de responsabilidades no contrato, o qual estabeleceu que a Metrobus seria responsável pela operação do transporte enquanto a contratada futura forneceria os ônibus elétricos e cuidaria da manutenção e infraestrutura.
De acordo com a Enel, a futura contratada não teria controle sobre o mau uso dos ônibus ou a execução inadequada do carregamento, mas seria responsável pela reparação e substituição dos veículos, quantas vezes fosse preciso.
A empresa também se queixou do valor mensal a ser pago à contratada, o qual incluiria os custos relacionados à manutenção, que seria pago, independentemente, da quantidade de manutenções corretivas necessárias.
Por essa razão, a Enel considerou que esse tipo de estrutura criaria um incentivo negativo para a Metrobus e seus funcionários, que poderiam não se preocupar com o cuidado adequado dos bens alugados.
Além disso, o contrato não previa sanções para a Metrobus em caso de desmazelo, sendo que o valor pago mensalmente à contratada já englobaria todos os custos, o que poderia incentivar a falta de zelo por parte da Metrobus.
A Enel ainda ressaltou que a falta de clareza no contrato é ainda mais evidente quando se considera a necessidade de autorização da Metrobus para reparos, que são precificados com preços fixos para cada peça e serviço.