O Ministério da Saúde anunciou a criação do Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses) com o objetivo de monitorar os casos graves e mortes decorrentes das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegiptpy, como a dengue, zika e chikungunya.
O aumento significativo dos casos dessas doenças no país, especialmente a dengue, que apresentou um aumento de 43,8% em notificações até março deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, tornou necessária a instalação do COE.
O novo centro irá se concentrar no registro de dengue e chikungunya, fornecendo orientações para ações de vigilância em conjunto com estados e municípios. O ministério já está enviando equipes de campo para traçar um diagnóstico da situação nessas áreas e fortalecer o monitoramento das arboviroses em todo o país.
A diretora de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Alda Maria da Cruz, afirmou que a prioridade é sensibilizar a população para que se possa controlar o avanço da transmissão dessas doenças.
“Identificamos crescimento em alguns estados, o que nos deixa alerta. Já estamos enviando equipes de campo para traçar um diagnóstico da situação nessas áreas e vamos reforçar o monitoramento do cenário das arboviroses em todo o país.”.
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Dengue, Zika e Chikungunya
Entre janeiro e início de março deste ano, foram notificados 301,8 mil casos suspeitos de dengue, um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2022, que registrou 209,9 mil casos. Os casos graves já somam 2,9 milhões e 73 mortes foram registradas em decorrência da doença.
A região mais apoiada é a Centro-Oeste, com 254,3 casos por 100 mil habitantes, seguida pelas regiões Sudeste (214,7 casos por 100 mil habitantes) e Sul (98,2 casos por 100 mil habitantes). Os estados de maior incidência são Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
Em relação à chikungunya, as notificações cresceram 97,1%, totalizando 43 mil casos. A Região Sudeste apresenta a maior incidência, com 34,3 casos por 100 mil habitantes, seguida pelo Nordeste (13,8 casos por 100 mil habitantes) e Norte (13,1 casos por 100 mil habitantes).
Entre os estados, Tocantins é o líder com 139,2 casos por 100 mil habitantes. Há uma morte confirmada no estado do Espírito Santo e outras 13 estão em investigação.
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Sobre a Zika, de acordo com as informações disponíveis, os registros aumentaram de 883 para 1.194 na comparação entre janeiro e final de fevereiro deste ano e o mesmo período de 2022.
A região Norte do país apresenta a maior proporção de casos, com 2,8 casos por 100 mil habitantes. Tocantins é o estado com o maior número de registros da doença em relação ao tamanho da população em 2023.