Chegou ao fim, na tarde desta segunda-feira (13/3), o primeiro dia de julgamento do caso Ariane Bárbara, e resultou na prisão do réu Enzo Jacomini Carneiro Matos, que usa o nome social de “Freya”. Ele foi condenado a 15 anos de prisão e multa pela morte.
Enzo foi julgado pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menor, pois o grupo teria convencido uma adolescente a participar do crime. Entretanto, ele foi condenado apenas por dois dos crimes: homicídio e ocultação de cadáver. Em relação ao crime de corrupção de menor, o júri entendeu que ele é inocente.
Na condenação por homicídio, Enzo foi submetido a uma pena de 14 anos de prisão. Já pela ocultação de cadáver, a pena foi de um ano de prisão, além de 10 dias-multa sobre um trigésimo do salário mínimo vigente ao tempo do fato (valor deve ser definido pela procuradoria).
A sentença foi proferida ao final do júri popular, presidido pelo juiz Jesseir Coelho. Enzo já saiu do tribunal algemado. A defesa dele entrou com recurso.
Julgamento
Durante o julgamento, diversas pessoas foram ouvidas, entra elas está a mãe de Ariane, Eliane Laureano e o policial responsável pelas investigações. O réu, Enzo, preferiu usar o direito constitucional de ficar em silêncio.
Ao longo do júri, a defesa do réu afirmou que ele não tinha planejado o crime, visto que só teve conhecimento do que seria feito dentro do carro. Por isso, o advogado defendeu que ele deveria ser condenado apenas por ocultação de cadáver.
“O nosso ordenamento jurídico determina que, para que se possa condenar uma pessoa, você tem que ter no mínimo prova suficiente. A gente mostrou nos autos que o Enzo não participou no momento que eles planejaram e nem participou da ação, da execução da morte. O Enzo estava dentro do carro, mas não sabia o que ia acontecer”, relatou a defesa após a condenação.
Os outros dois acusados do crime, Jeferson Cavalcante e Raíssa Nunes, devem ser julgados em outra data, ainda a ser definida. Já a adolescente, suspeita de envolvimento, foi apreendida à época, mas agora o processo segue em segredo de justiça.
Caso Ariane Bárbara
Ariane Bárbara desapareceu no dia 24 de agosto de 2021, após dizer para a mãe que ia sair com amigos para lanchar. A mãe afirma que Ariane chegou a mandar um áudio dizendo que voltaria para casa no mesmo dia, o que não aconteceu.
No dia seguinte, a mãe de Ariane registrou um boletim de ocorrências relatando o desaparecimento da menina e contando que ela disse que iria para casa de amigos no Setor Jaó, mesmo local onde foi encontrada morta.
O corpo da jovem foi localizado em uma mata sete dias depois do desaparecimento. Ele já estava em estado avançado de decomposição e a identificação foi feita por meio de impressões digitais.
Na época, a Polícia Civil apurou que o crime foi planejado com objetivo de saber se uma das acusadas era psicopata. Para isso, ela precisava matar alguém e avaliar sua reação após o assassinato.
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