Nesta segunda-feira (13/3), dois acusados pela morte de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, ocorrida em agosto de 2021, serão julgados pelo 3º Tribunal do Júri de Goiânia. Jeferson Cavalcante Rodrigues e Enzo Jacomini Carneiro Matos, conhecida pelo nome social de Freya, responderão pela morte da jovem de 18 anos.
A tragédia ocorreu quando Raíssa Nunes Borges quis testar, com o ato, se ela era ou não psicopata. Porém, a denunciada será julgada em outra ocasião, em razão de recurso interposto pela sua defesa. Enquanto isso, a acusação será feita pelo promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargo, do Ministério Público de Goiás (MPGO).
De acordo com a denúncia, o crime ocorreu no dia 24 de agosto de 2021, quando Ariane Bárbara, de apenas 18 anos, foi assassinada mediante violência física e golpes de faca. Além disso, o MPGO destaca que os denunciados agiram de maneira livre e consciente, em comunhão de vontades, unidade de desígnios e por intermédio de repartição de tarefas, por motivo fútil, mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Depois do homicídio, ocultaram o cadáver numa zona de mata situada no Setor Jaó. O corpo foi encontrado sete dias depois, após mobilização da família da vítima, que denunciou o seu desaparecimento.
Os três denunciados também foram acusados de corrupção de menor, por terem envolvido uma adolescente na prática do crime. No entanto, em relação a essa acusação, o caso tramita no Juizado da Infância e Juventude, sob segredo de Justiça.
Jovem quis saber se era psicopata, matando Ariane Bárbara
Os acusados Jeferson, Raíssa, Enzo e a adolescente conheceram Ariane em uma pista pública de skate. A partir daí, Raíssa, com o objetivo de testar se possuía transtorno de personalidade antissocial, decidiu matar alguém friamente, sem sentir remorsos. Jeferson, Enzo e a adolescente concordaram em ajudá-la e, em conjunto, escolheram Ariane como vítima por ser fisicamente fraca e incapaz de resistir.
Para executar o plano, o grupo organizou uma emboscada e convidou Ariane para sair e tomar um lanche no Parque Lago das Rosas, no Setor Oeste. Durante o trajeto de carro, Jeferson estalou os dedos e colocou música previamente combinados como sinal para iniciar a execução.
Ariane foi estrangulada até desmaiar, tendo Enzo participado do estrangulamento, e depois foi esfaqueada pelas jovens. O grupo colocou o corpo no porta-malas do carro, que estava forrado com plástico, e o levou para uma área de mata no Setor Jaó, onde foi coberto com terra e pedras.
Sete dias após o desaparecimento de Ariane, a família da vítima mobilizou-se e o corpo foi encontrado.