A morte de um trabalhador de 27 anos, na última quarta-feira (8/3), desencadeou uma série de inspeções em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. Wellington Oliveira morreu após ser esmagado por um ponto de ônibus de concreto que desabou.
Depois do episódio, a Defesa Civil começou um levantamento dos abrigos na cidade e, na tarde desta quinta-feira (9), interditou dez pontos de ônibus na cidade, que ameaçavam cair, assim como o que matou o pedreiro Wellington. Faixas zebradas foram colocadas nas estruturas que apresentam defeitos.
A Defesa Civil ressalta que a ação foi feita para alertar a população. Além disso, um relatório foi enviado para a Secretaria de Infraestrutura e Obras solicitando a troca dos pontos de ônibus. Conforme o documento, 80 estruturas apresentaram problemas de infraestrutura.
Antes do acidente com o trabalhador, o órgão já tinha feito uma denúncia sobre as más condições dos abrigos, que incluíam a precariedade das estruturas, falta de iluminação e até mesmo mato alto. O documento foi elaborado em setembro de 2022, cerca de seis meses antes do acidente com Wellington.
Morte de trabalhador
Um vídeo de uma câmera de monitoramento mostra o momento do acidente que matou Wellington de Oliveira. Nas imagens, é possível ver que ele tentou segurar o ponto que estava caiando, mas não conseguiu. Ele então foi esmagado pela estrutura, que pesa cerca de uma tonelada.
Responsabilidade dos pontos de ônibus
Em comunicado oficial no dia o ocorrido, a Prefeitura de Aparecida afirmou que este tipo de abrigo de concreto não havia sido instalado pela prefeitura. Além disso, esclareceu que a gestão do sistema de transporte coletivo na Região Metropolitana é de responsabilidade do Consórcio Rede Mob, sob fiscalização da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC).
Por outro lado, a CMTC afirmou que a instalação, manutenção e recolocação de pontos de ônibus são responsabilidade da Prefeitura, mas informou que faria uma avaliação para auxiliar na identificação de problemas estruturais.
Em nota atualizada na quinta (9), a administração municipal informou que começou uma avaliação na qualidade dos pontos e que, antes mesmo do fato, já buscava solução para esse impasse. Além disso, também ressaltou que a Procuradoria Geral do Município, propôs à CMTC, durante reunião em janeiro, que a responsabilidade pelos abrigos ficasse com o Consórcio RedeMob.
Agora, a Polícia Civil vai investigar o caso e intimar representantes da Prefeitura de Aparecida e da CMTC para definir as responsabilidades.
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