Nos últimos quatro anos, o sistema de saneamento básico em Goiás cresceu 10%, elevando o atendimento com esgoto de 59% para 69%. Apenas neste período, mais 730 mil goianos passaram a ter acesso ao serviço. O número ultrapassa, até mesmo, a média nacional, que atinge 54,9% da população brasileira. Atualmente, 4,2 milhões de goianos são atendidos pelo esgotamento sanitário. Os dados são da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago).
Contudo, parte considerável da população ainda vive sem um saneamento adequado. De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), em 2020, cerca de 1,9 milhão de pessoas em Goiás não tinham acesso aos serviços de esgotamento sanitário, o que representa cerca de 30,3% da população do estado. Já em relação ao abastecimento de água, 6,1% da população (cerca de 381 mil pessoas) não contava com o serviço em suas residências.
Essa situação é mais grave em áreas rurais e periféricas, onde a infraestrutura de saneamento básico é precária ou inexistente. Segundo o SNIS, em 2020, apenas 16,5% da população rural de Goiás tinha acesso aos serviços de esgotamento sanitário, enquanto que nas áreas urbanas, esse índice era de 68,6%.
Em Goiânia, segundo a Saneago, 93% da população já conta com esgotamento sanitário e 97,6%, com água tratada. No entanto, é importante destacar que ainda existem áreas na cidade que não são atendidas pelos serviços de saneamento básico, especialmente em bairros mais afastados do centro.
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Além disso, mesmo nos locais onde há atendimento, nem sempre a qualidade dos serviços é satisfatória, havendo problemas de vazamentos, desabastecimento de água, entupimentos e mau cheiro, por exemplo.
Falta de saneamento básico é uma das principais causas de doenças e mortes em todo o mundo
A falta de saneamento básico é um problema global que causa doenças e mortes, segundo a OMS. No Brasil, mais de 35 milhões de pessoas não têm acesso à água potável e mais de 100 milhões não têm coleta de esgoto, o que pode causar doenças como diarreia, hepatite e febre tifoide.
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Além disso, a falta de saneamento pode levar a problemas ambientais e econômicos, como poluição de rios, enchentes e prejuízos materiais e humanos. Para solucionar esse problema, é preciso investir em saneamento básico, conscientização da população e políticas públicas para garantir o acesso universal a esses serviços.