O número de barragens cadastradas em Goiás nos últimos quatro anos subiu de zero para 6,7 mil, segundo dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). O período de registro vai de meados de 2019 até o começo de 2023.
De acordo com a legislação vigente, o cadastro é obrigatório para todas as barragens, independentemente de tamanho, tipo ou idade, e pode ser realizado gratuitamente pela internet. O processo de cadastro não atende apenas às exigências legais, mas também contribui para a prevenção de acidentes, já que os proprietários são obrigados a realizar inspeções regulares em suas barragens para atualizar as informações cadastrais. Dessa forma, possíveis anomalias são identificadas precocemente, antes que se tornem problemas mais graves.
Agora, a Secretaria de Meio Ambiente acredita que o número de barragens cadastradas deve chegar a pelo menos 13 mil no Sistema Estadual de Informações de Segurança de Barragens (Seisb) até o fim de 2024.
Barragens em Goiás
Devido ao regime de chuvas característico de Goiás, que apresenta longos períodos de estiagem, é comum no Estado a prática de armazenamento de água por meio de barragens para atender às demandas da agricultura e pecuária. Além disso, as barragens são utilizadas para outros fins, como geração de energia, abastecimento público, recreação, entre outros.
Segundo informações da Semad, foram mapeadas mais de 10,2 mil barragens em Goiás com mais de um hectare de lâmina d’água, utilizando satélites para auxiliar no processo. É importante mencionar que a maioria das barragens no Estado tem dimensões menores. Para ter uma ideia do tamanho de uma barragem desse porte, é possível citar o maior barramento utilizado por empresas geradoras de energia em Goiás, que possui cerca de 100 mil hectares de área de lâmina d’água.
Antes de 2019, o acompanhamento das barragens em Goiás era praticamente inexistente, o que resultava em poucas informações sobre situações de risco potencial, como a necessidade de socorro em um talude. Em 2020, foram registrados 21 incidentes, enquanto em 2021 foram 8 e em 2022 foram 20. Por outro lado, houve uma redução no número de rompimentos notificados, passando de nove em 2020 para dois no último ano.