Com a instalação de um Laboratório Maker e a compra de uma impressora 3D, as aulas de robótica na Escola Municipal Alice Coutinho, localizada na Vila Morais, que oferece ensino para alunos da segunda fase do Ensino Fundamental (6° ao 9° ano), se tornaram mais atraentes. A escola é pioneira em projeto de robótica entre as escolas municipais de Goiânia.
Utilizando como matéria-prima o PLA, um plástico biodegradável feito a partir do amido de milho que não é derivado do petróleo, o instrumento permite a criação de objetos de decoração e peças de máquinas e trabalha construindo linha por linha, utilizando um processo de fatiamento e seguindo de baixo para cima.
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Segundo o professor Kleiber Pinheiro Sales, criador do Projeto Robótica, a impressora 3D pode ajudar a imprimir peças para a construção de um robô. Isso permitirá que os alunos participem de eventos como a First Lego League (FLL) e a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), que incentivam os estudantes a encontrar soluções para os problemas cotidianos da sociedade.
Kleiber ainda destaca que, com a ferramenta, os alunos aprenderão a desenvolver peças impressas por eles usando um programa gratuito chamado Tinkercad, e assim terão uma noção de geometria plana, geometria espacial e outros conceitos.
Laboratório Maker
A Prefeitura de Goiânia entregou o Laboratório Maker na Escola Municipal Alice Coutinho ainda em 2021, como parte do programa Smart Educação em parceria com o Sesi Planalto. O laboratório oferece serviços inovadores de tecnologia para a educação e formação digital dos alunos.
Alunos da escola já foram premiados na Olimpíada Brasileira de Robótica e participaram de outras competições. Gabriel Diniz de Souza, um estudante do 9º ano de 13 anos, afirmou que a robótica o ajudou bastante: “Conheci novas pessoas, melhorei na formalidade da fala e na timidez. Participei da olimpíada, e mesmo com um problema no robô, conseguimos arrumá-lo e saímos vitoriosos”, ressalta.
Gabriel ainda explicou que já aprendeu a trabalhar com o software Studio 2.0, que permite montar robôs virtualmente para evitar erros no processo físico. Além disso, a robótica também ensina matemática, incluindo ângulos, distâncias e planejamento de movimentos. Outras disciplinas, como ciências e geografia, também são estudadas, segundo ele.
Mikaelly dos Santos Senhorinho, de 12 anos e aluna do 7º ano, descobriu o projeto de robótica na escola no ano passado e, mesmo sem vaga, pediu ao professor para participar. Quando uma vaga ficou disponível, ela começou a participar das aulas e conseguiu montar boa parte da mesa da FLL. Para este ano, ela quer participar das competições.