A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), juntamente com o Ministério Público de Goiás (MPGO), deflagrou uma operação para apurar suspeitas de corrupção e fraudes no sistema de regulação médica em Goiás.
Durante a Operação Hipócrates foram cumpridos 22 mandados de prisão temporária, de busca e apreensão e de afastamento cautelar das funções públicas. A ação aconteceu na manhã desta quinta-feira (9/2).
Foram cumpridos mandados em Goiânia, Goianira, Anápolis, Damolândia, São Miguel do Araguaia e Teresina de Goiás. Os crimes investigados são de corrupção ativa, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistema de informação e associação criminosa.
Investigação de fraudes no sistema de regulação médica em Goiás
De acordo com a Polícia Civil, durante a investigação foi descoberto que pessoas estavam pagando operadores do sistema de regulação para que fossem incluídas na fila de regulação médica de forma fraudulenta, pulando a prioridade. O valor pago aos reguladores chegava a R$ 5 mil por pessoa.
Desta forma, as pessoas furavam a fila para realizar cirurgias eletivas, consultas médicas, exames e internações a serem custeados pelo serviço público de saúde, causando a sobrecarga nas vagas das unidades hospitalares. Segundo a polícia, a maioria dos procedimentos cirúrgicos eram meramente estéticos.
Há suspeita de que, somente nos últimos seis meses, apenas um operador tenha feito mais de 1.900 inserções fraudulentas no sistema de regulação médica estadual, considerando que alguns operadores sequer são vinculados a Unidades de Saúde do Estado ou dos municípios.
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Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) disse que está cooperando com a Polícia Civil. Confira a íntegra:
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás informa que a ação deflagrada nesta quinta-feira (09/2) é reflexo do trabalho de uma força-tarefa instalada na SES-GO, por determinação do governador Ronaldo Caiado, e participação da Controladoria-Geral do Estado, antes da atual gestão da secretaria. A pasta ressalta que a investigação está na esfera da Polícia Civil de Goiás, com a qual a SES firmou um convenio de cooperação, concedendo a polícia, acesso a qualquer dado necessário.
Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela polícia, por isso, o Portal Dia não conseguiu localizar a defesa.