Um empresário de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, foi preso durante uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga aos ataques em Brasília no último dia 8 de janeiro. Os atos terminaram a invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com a corporação, os crimes investigados na operação são abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
O mandado de prisão contra o empresário foi cumprido na manhã desta sexta-feira (3/1). Como não teve o nome divulgado não foi possível localizar a defesa dele até a divulgação desta reportagem, mas o espaço continua aberto.
Além de Goiás, também estão sendo cumpridos mandados em outros cinco estados, sendo três de prisão de 14 de busca e apreensão, em Rondônia, Espírito Santo, Mato Grosso, São Paulo e Distrito Federal.
A PF ressalta que caso alguém tenha informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos em 8/1, em Brasília/DF, basta encaminhar para o e-mail [email protected].
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Ataques em Brasília
Os ataques em Brasília aconteceram no último dia 8 de janeiro, quando vândalos invadiram às sedes dos Três Poderes na capital federal. De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, alguns indícios apontam possível omissão e conivência do governador afastado e seus auxiliares em facilitar os crimes cometidos.
No mesmo dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal em Brasília, a fim de evitar novos ataques. Forças policias de diversos estados foram disponibilizadas, inclusive de Goiás. Também no dia dos acontecimentos, Ibaneis Rocha foi afastado do cargo de governador.
Seis dias após os atos, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi preso ao desembarcar no aeroporto de Brasília. Durante cumprimento de mandado na casa de Torres, a PF encontrou uma minuta de decreto que, supostamente, invalidaria as eleições ocorridas em outubro do ano passado.
Agora, as autoridades continuam com a operação para identificar os participantes e financiadores dos ataques. Até o momento, Moraes já manteve a prisão de mais de 900 pessoas envolvidas.