A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (25/1), uma operação para combater fraudes em registros de Colecionador, Atirador ou Caçador (CAC). A operação foi chefiada pela superintendência de Jataí, no sudoeste de Goiás. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos na cidade de Barra do Garças, no Mato Grosso.
Os mandados visam apreender computadores, celulares, armas de fogo, munições e documentos relacionados aos fatos investigados, com objetivo de confirmar as fraudes cometidas pelos suspeitos, bem como identificar outros envolvidos com o crime.
Fraudes em registros de CAC
O caso foi descoberto após compartilhamento de informações com o 41º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército Brasileiro, que constatou a existência de diversos documentos falsos que estariam sendo utilizados por indivíduos em processos de requerimento de Certificado de Registro (CR), por meio do Sistema de Gestão Corporativo (SisGCorp).
De acordo com a corporação, os documentos falsos eram utilizados para burlar a fiscalização, visando conceder o registro de CAC a pessoas que não possuíam requisitos para obtenção de armas de fogo, levando o Exército a erro.
Entre as pessoas investigadas pela fraude estão algumas que têm extensas fichas criminais, com passagens por roubo, furto, associação criminosa, tentativa de homicídio, porte e posse ilegal de arma de fogo.
Crimes
O CR é um documento necessário para ser um CAC, visando a posterior aquisição de armas de fogo e munições. Entre as informações necessárias para o registro estão declaração de endereço, certidão de antecedentes criminais, comprovante de ocupação lícita e capacidade técnica para manusear as armas.
Os crimes sob apuração são os de falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa.