A Justiça de Goiás atendeu um pedido da Polícia Civil e autorizou o acesso ao celular do policial militar (PM) que foi preso suspeito de matar a esposa e a enteada de 3 anos, em Rio Verde, sudoeste de Goiás. A autorização foi concedida nesta segunda-feira (9/1).
De acordo com a decisão da juíza Maria de Souza, as mensagens, imagens e demais dados que estão no celular apreendido não estão ao abrigo de sigilo e, por isso, afasta a hipótese de quebra ilegal de sigilo telefônico.
A magistrada ainda argumentou que é “inadmissível que o sigilo das comunicações telefônicas funcione como escudo para a impunidade. O direito a intimidade/ privacidade não pode ser utilizado como salvaguarda para prática de ilícitos”.
O pedido ao acesso às mensagens de celular do PM foi feito no dia 27 de dezembro do ano passado, pelo delegado Adelson Candeo, responsável pelo caso.
Relembre o caso do PM suspeito de matar esposa e enteada, em Rio Verde
O crime aconteceu no dia 14 de dezembro e foi descoberto depois que o suspeito ligou para um amigo, também militar, dizendo que tinha matado a mulher e a enteada e que iria se matar.
Segundo a polícia, a mãe foi atingida por oito tiros e a filha dela, de três anos, com cinco. A outra menina, de 5 anos, foi baleada e precisou ser internada, mas já recebeu alta. Durante a perícia no local, foram encontrados indícios de que a mulher tentou se defender dos disparos.
As investigações apontam que o suspeito estava afastado do serviço nas ruas e ficava no trabalho administrativo.