A Justiça de Goiás decretou, nesta quinta-feira (15/12), em audiência de custódia, a prisão preventiva do policial militar (PM) suspeito de matar a esposa e a enteada de 3 anos, em Rio Verde, região sudoeste de Goiás.
A decisão foi proferida pela juíza Lília Maria de Souza e mantém o suspeito preso por mais 30 dias, até que as investigações do caso sejam feitas. A magistrada afirma que o prazo é “suficiente para a apuração dos fatos”.
Conforme a decisão, existem provas suficientes indicando que o PM cometeu o crime, o que foi imprescindível para determinação da prisão preventiva. Ele deve ser investigado pela prática do delito de duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio.
Em nota, a Polícia Militar lamentou o ocorrido e disse que vai prestar apoio à família das vítimas. Além disso, a corporação informou que abriu um procedimento administrativo para tomar as medidas necessárias.
PM mata esposa e enteada em Rio Verde
O crime aconteceu na noite da última quarta-feira (14) e foi descoberto depois que o suspeito ligou para um amigo, também militar, dizendo que tinha matado a mulher e a enteada e que iria se matar.
Imediatamente, o homem chamou sua esposa, que é enfermeira, e foi até a residência do suspeito. Relatos do casal à polícia apontam que eles estavam na academia quando receberam a ligação e demoraram cerca de 5 minutos para chegar no local e, durante o trajeto, o homem ficou na linha conversando com o policial militar.
Quando chegou no local, o homem percebeu que o policial suspeito estava com uma arma e, com calma, conseguiu pega-la. Neste momento, a mulher entrou na residência para verificar o que tinha acontecido.
No primeiro momento, ela se deparou com a menina, de 5 anos, sentada próximo a porta. Ela então a colocou sentada no sofá e pediu para que ela esperasse. Quando foi olhar na cozinha, encontrou os corpos das outros duas vítimas.
A enfermeira então acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu) e, enquanto esperava por socorro, começou a conversar com a menina fora da residência. A criança disse que a mãe estava na cozinha esfriando sua comida para jantar quando o soldado da PM chegou atirando.
Informações preliminares da Polícia Civil apontam que a mulher foi atingida por oito tiros e a filha dela, de 3 anos, com cinco, sendo um deles de raspão. Além disso, durante a perícia no local, foram encontrados indícios de que a mulher tentou se defender dos disparos.
A polícia também constatou que a mulher, provavelmente, estava de joelhos pedindo para que o homem desistisse de dar os tiros. “Ela recebeu oito tiros e os oito projéteis atravessaram o corpo dela e foram para o chão”, conta o delegado Adelson Candeo.
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