Reidimar Silva Santos, de 31 anos, assassino confesso de Luana Marcelo, de 12 anos, disse à Polícia Civil que conhecia a adolescente Thaís Lara, desaparecida há três anos, também no setor Madre Germana II, em Goiânia. Apesar disso, ele negou qualquer envolvimento com o sumiço da menina.
Por causa das semelhanças entre os desaparecimentos, o caso de Thaís foi reaberto pela polícia e tem Reidimar como principal suspeito. As duas meninas sumiram no mesmo setor e o homem morava perto das duas. Além disso, elas também tinham idades e porte físico similares na época dos desaparecimentos.
Thaís Lara sumiu em 2019, depois de ir com uma tia buscar a prima na escola. Na volta, ela pediu para ir a uma feira e, desde então, não foi mais vista. À época, Reidimar morava próximo à casa da adolescente e estava em liberdade condicional após sair da cadeia por estrupo.
À polícia, Reidimar contou que conhecia a menina do setor onde moravam e tinham apenas um relacionamento de rua, como vizinhos, sem uma relação mais profunda. Ele afirmou ainda que não tem ligação com o desaparecimento da adolescente.
Inicialmente, o caso era investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), que procurou imagens de câmeras de segurança à época, mas não encontrou. Agora, devido as similaridades entre os casos, ele foi transferido para o Grupo de Investigação de Desaparecidos. Ele só foi considerado suspeito no caso Thaís após confessar o assassinato de Luana.
O caso continua sendo investigado e outras testemunhas ainda devem ser ouvidas. A Polícia Civil também ressalta que qualquer informação pode ser repassada de forma anônima pelo disque denúncia, que é 197.
O Portal Dia não localizou a defesa do suspeito até a divulgação desta reportagem.
Caso Luana Marcelo
Assim como Thaís, Luana desapareceu após sair de casa, porém ela foi encontrada dois dias depois enterrada na residência do suspeito. Já Thaís continua desaparecida há três anos. Ambas eram consideradas quietas e muito ligadas à família, além disso, não tinham histórico de atos infracionais e nem o hábito de sair sem avisar.
Luana sumiu quando voltava da padaria próxima de sua casa. No meio do caminho ela foi abordada pelo homem que disse que devia dinheiro aos pais dela e a convenceu a entrar no carro. Laudos da polícia apontam que ela foi agredida ainda dentro do veículo.
O homem contou que a levou para a casa dele e, no local, a matou asfixiada, praticou necrofilia, ateou fogo no corpo, enterrou e jogou cimento por cima da cova.
A delegada Caroline Borges, responsável pelo caso, pontuou a possibilidade de Reidimar ser um serial, em razão do ‘modus operandi’. Outro fato é que, no dia do desaparecimento de Luana, horas antes do sequestro, ele também teria estuprado outra vítima, que já prestou depoimento na delegacia.