A Polícia Científica realiza, nesta segunda-feira (28/11), a reconstituição do caso de um fiel, de 40 anos, que foi baleado por um policial militar (PM) dentro de uma igreja em Goiânia. O caso aconteceu no dia 31 de agosto deste ano e foi motivado por uma briga política.
A vítima, Davi Augusto de Souza, participou da reconstituição e ficou dentro da igreja Congregação Cristã no Brasil (CCB) Finsocial por cerca de uma hora. Ele foi atingido com um tiro na perna e, como ainda não consegue andar, deixou o local de cadeiras de rodas.
O policial militar envolvido também foi intimado para participar, mas não compareceu. Ele deverá justificar à Polícia Civil porque não esteve presente no momento da reconstituição.
Relembre o caso do fiel baleado por PM em igreja de Goiânia
O caso aconteceu em agosto deste ano, pouco mais de um mês antes das eleições 2022. Um irmão da vítima declarou à polícia que a briga começou depois que uma circular sobre as eleições foi distribuída na igreja, orientando os fiéis a não votarem nos candidatos que apresentaram planos sobre a ‘desconstrução das famílias’.
Relatos apontam que o homem saiu para beber água e, em seguida, o policial também foi. Do lado de fora do templo os dois começaram a discutir sobre a orientação dada pelos líderes, de não votar em candidatos da esquerda.
Durante a confusão, o policial militar sacou a arma e baleou Davi Augusto com um tiro na perna. Na ocasião, o Corpo de Bombeiros foi acionado e o culto seguiu normalmente enquanto a vítima era atendida no corredor do templo. Posteriormente, o homem foi encaminhado para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde precisou passar por cirurgias.
À época, a Polícia Militar informou que o policial militar estava no dia de folga quando aconteceram os fatos e que abriu um procedimento administrativo disciplinar para verificar a conduta do servidor.