A Justiça de Goiás atendeu um pedido do Ministério Público (MP) e suspendeu um evento de eletrofunk que aconteceria neste sábado (26/11), em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana de Goiânia. Nomes de MC Poze, Dj Vinícius Cavalcante e Jiraya estavam confirmados no evento.
Na decisão, a juíza plantonista enfatizou que o evento não possui todas as autorizações para a realização, como alvará da Prefeitura, autorização da Secretaria do Meio Ambiente e do Corpo de Bombeiros.
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Segundo o escritório jurídico que prestou serviço de consultoria jurídica ao evento, todos os produtores estavam cumprindo as exigências das autoridades competentes, além disso, também foram entregues ofícios nos órgãos competentes e solicitado o licenciamento na Secretaria de Regulação Urbana.
Veja um trecho da decisão:
Festa com presença de MC Poze em Aparecida de Goiânia é vista com potencial risco
O documento também citou que MC Poze, atração principal, supostamente possui vínculos com facção criminosa, o que possibilitaria ocorrências de crimes no local. O próprio cantor já cancelou shows em alguns locais do país após ameaças de facções.
“MC Poze é ameaçado de morte por facções criminosas rivais, portanto, sua presença pode estimular atos de violência. Tal fato já fez com que alguns Estados da Federação chegassem a proibir shows do cantor”, diz o pedido assinado pelos promotores Arthur José Jacon Matias, Carlos Vinícius Alves Ribeiro, Marcelo Faria da Costa e Simone Disconsi de Sá Campos.
A expectativa da organização do evento era receber mais de 3 mil pessoas, mas poderia ter um aumento significativo. O documento também citou que as músicas de MC Poze fazem apologia ao uso de drogas e outros temas ligados ao crime. Além disso, há riscos de vários crimes com a realização do evento.
“A festa terá venda de bebidas alcoólicas e não se pode descartar a hipótese da presença de traficantes com a consequente venda de substâncias ilícitas, furtos, presença de veículos com origem criminosa, armas de fogo sem autorização, membros de facções criminosas, estupros (pois o local fica próximo a matas), ameaças, brigas, lesões corporais e, até mesmo, homicídios”, citou o documento.
O Portal Dia entrou em contato com a equipe de MC Poze e não teve retorno até a divulgação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.