O cheiro forte sentido por muitos moradores na Grande Goiânia nesta quinta-feira (10/11), foi causado por um vazamento de óleo que ocorreu após a explosão de uma caldeira em uma usina de asfalto, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital.
De acordo como Corpo de Bombeiros, o vazamento foi de pequeno porte, mas ainda não é possível mensurar a quantidade. Além disso, o vazamento foi contido, ao que tudo indica, pelos próprios funcionários, que fizeram uma barreira para evitar que o óleo chegasse até o Rio Santo Antônio.
O Corpo de Bombeiros ainda afirma que as chamas de um pequeno incêndio no local começaram por volta de 3h da manhã, causado por um superaquecimento da caldeira. O óleo contaminou o solo na região e atingiu os pneus de um caminhão, cujo fogo foi controlado rapidamente sem maiores danos.
Apesar dos danos materiais e, provavelmente ambientais, os bombeiros ressaltam que o vazamento após a explosão não liberou substâncias tóxicas, por isso, não oferece risco à saúde.
Equipes da Defesa Civil, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma) estiveram no local para mensurar os danos ambientais do acidente, além de apurar as causas.
O Portal Dia tenta contato com a empresa responsável pela usina. O espaço segue aberto para manifestação.
Servidora e e aluno passam mal com cheiro forte na Grande Goiânia
Os bombeiros salientam que o odor não oferece risco à saúde. Apesar disso, uma servidora e um aluno da rede de ensino de Aparecida precisaram de atendimento após sentirem dores de cabeça e náuseas.
A servidora trabalhava no Cmei José Ferreira Câmara, localizado no Parque Trindade, quando se sentiu mal. Já o aluno estava na Escola Municipal Alexandre Garcia, no Parque Trindade II. Ambos passaram por atendimento médico e foram liberados para casa.
Em nota, a Prefeitura de Aparecida se manifestou. Confira:
A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Aparecida (Semma), com apoio da Defesa Civil, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Polícia Civil (Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente) e do Corpo de Bombeiros, apurou na manhã desta quinta-feira (10) a ocorrência de mau cheiro na Região Leste do município, sobretudo nos bairros da capital que fazem divisa com Aparecida.
O órgão informa ainda que ao chegaram ao local, a equipe de fiscalização de fiscalização detectou que dentro de uma pedreira, no Setor Santa Luzia, funcionava uma usina de asfalto sem o devido licenciamento para operação das atividades.
Informa ainda que foi apurado que na madrugada de hoje houve superaquecimento de um equipamento da usina, o que acabou ocasionando o vazamento de óleo utilizado na fabricação da massa asfáltica. Com isso, houve princípio de incêndio, que atingiu parte de um caminhão que estava estacionado no local. A fumaça decorrente desse acidente, somada ao cheiro da substância que vazou, acabou importunando moradores de Aparecida e da capital.
Os fiscais da Semma permaneceram no local por toda a manhã. Eles apuraram que a usina na empresa Goiás Asfaltos estava em situação irregular; não tinha licenciamento. Por isso, a empresa foi notificada, autuada e interditada.
Informa ainda que não houve registro de feridos, apenas o mau cheiro reclamado pelos moradores e constatado pelos fiscais.
A Secretaria de Saúde de Aparecida informa que até as 11h45 desta quinta-feira nenhum paciente havia dado entrada na UPA Flamboyant – que fica nas proximidades da empresa – com suspeita de intoxicação por ter inalado ao ar na região onde foi sentido o mau cheiro. O atendimento na unidade segue normalmente.
O órgão informa ainda que fiscais da Semma vão elaborar laudo técnico para avaliar os danos ambientais causados e, com isso, instaurar medidas administrativas previstas na legislação. A empresa será responsabilizada pelos danos causados.