Dez anos após o crime e depois de quatro adiamentos, os acusados de matar o radialista Valério Luiz começaram a ser julgados nesta segunda-feira (7), em Goiânia. A sessão começou às 9h15, no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), localizado na Avenida Assis Chateaubriand, no Setor Oeste.
Sentam-se no banco dos réus: Maurício Sampaio, Urbano de Carvalho Malta, Ademá Figueiredo Aguiar Filho, Djalma Gomes da Silva e Marcus Vinícius Pereira Xavier. Este último está em Portugal e acompanhará o julgamento pela internet.
Na abertura da sessão, o juiz Lourival Machado, que vai presidir o julgamento, fez a troca oficial da defesa de Maurício Sampaio, que agora é representado pelo advogado Ricardo Naves.
No total, sete jurados, sendo seis homens e uma mulher, foram sorteados para julgar os acusados de participação na morte do jornalista e radialista Valério Luiz. Durante o processo, a defesa recusou dois jurados sorteados.
No momento da escolha, o magistrado se dirigiu aos jurados lembrando da dissolução do último júri, em junho deste ano, quando um dos jurados deixou o hotel sozinho no segundo dia de julgamento, pois passou mal.
Para evitar problemas desta natureza, para esta nova sessão, o juiz Lourival Machado determinou que dois oficiais e um policial militar permaneçam no hotel com os sorteados para participar do julgamento.
Caso Valério Luiz: testemunhas e interrogatório
Hoje (7), é o primeiro dia de julgamento, após quatro adiamentos. A expectativa é que sejam ouvidas testemunhas do caso e os acusados, que deve se estender também para o segundo dia. No total, 24 testemunhas estão listadas. O terceiro dia será reservado para os debates, que devem durar cerca de 9 horas.
O filho do radialista, Valério Luiz Filho, que também atua como assistente da acusação, afirmou que a expectativa é que o julgamento seja concluído desta vez. Ele conta que a Defensoria Pública já está intimada para assumir o caso de forma imediata se houver algum imprevisto por parte da defesa.