A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta quinta-feira (3/11) para combater o tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, em Goiânia e Região. A investigação aponta que os suspeitos recebiam drogas oriundas da Bolívia.
A Operação foi batizada de “manicacas”, pois faz referência a pessoas que sabem pilotar aeronaves, mas não têm habilitação para voo perante os órgãos reguladores.
Operação da PF em Goiânia e Região
![Operação da PF em Goiânia combate tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro](https://diaonline.ig.com.br/wp-content/uploads/2022/11/operacao-da-pf-em-goiania-combate-trafico-internacional-de-drogas-e-lavagem-de-dinheiro.jpg)
No total, 25 mandados judiciais foram cumpridos, sendo 16 de busca e apreensão e nove de prisão temporária, nas cidades de Goiânia, Trindade e Inhumas. Além disso, também foi determinado o bloqueio de contas bancárias dos investigados. Cerca de 70 policiais federais participaram da ação.
A investigação apontou que os pilotos manicacas eram responsáveis pelo transporte de cocaína da Bolívia para o Brasil, mas especificamente para Goiás. No estado, a droga era distribuída para as demais regiões.
Entretanto, para fugir da fiscalização, os traficantes transportavam a droga em pequenas aeronaves registradas em nome de terceiros, sem registro de plano de voo, fazendo rotas incomuns.
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Contrabando
Além do tráfico internacional de drogas, a PF também identificou um grupo criminoso que fazia o contrabando de mercadorias oriundas do Paraguai. Para não fazer o pagamento de impostos pela importação, comerciantes contratavam os manicacas para transportarem produtos eletrônicos para o estado de Goiás.
No estado, os produtos importados de forma irregular eram vendidos em estabelecimentos especializados. Os produtos, em sua maioria, eram aparelhos celulares.
De acordo com a PF, os investigados podem responder por crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e descaminho.
Como não tiveram as identidades divulgadas, o Portal Dia não localizou a defesa dos envolvidos.