A mãe que confessou ter matado as duas filhas, de 6 e 10 anos, em Edéia, no sul goiano, foi internada provisoriamente em um hospital psiquiátrico em Goiânia. A medida foi autorizada pela justiça depois que ela tentou se matar dentro do presídio de Israelândia, para onde foi levada após a prisão.
Informações apontam que Izadora Alves Faria, de 30 anos, pegou as roupas que usava para tentar se enforcar dentro da cela na última quinta-feira (29). Uma avaliação médica encaminhada ao Judiciário aponta que ela tem graves perturbações mentais.
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“Há fortes indícios de que a acusada seja portadora de alguma enfermidade mental, fato constatado por este juízo no momento da sua oitiva na audiência de custódia”, destacou o juiz Hermes Pereira Vidigal, da Vara Criminal da comarca de Edeia, em sua sentença.
Esta é a segunda vez que Izadora tentou suicídio, sendo a primeira logo após ter matado as duas filhas. Na ocasião, ela usou uma faca para fazer cortes no pulso e pescoço.
Segundo a diretoria da cadeia pública de Israelândia, o local não possui estrutura física e humana para custodiar pessoas presas com o quadro de saúde/transtornos mentais, como o de Izadora Alves.
Diante dos indícios, a justiça constatou a necessidade de internação da mulher em uma unidade psiquiátrica com urgência. Por isso, ela foi levada para o hospital psiquiátrico Wassily Chuc, em Goiânia.
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Mãe que matou filhas alegou que já tinha a intenção há algum tempo
Em depoimento, a mulher confessou que matou as filhas. Inicialmente, ela tentou envenenar as crianças, mas viu que não funcionaria, por isso, levou as crianças para uma caixa d’água e tentou eletrocutar as meninas com uma extensão ligada à rede elétrica.
Posteriormente, ela desligou a extensão e foi até a caixa d’água e afogou as meninas. Com elas já desacordadas, a mulher as colocou em um colchão e desferiu golpes de faca contra elas.
O corpo das meninas foi encontrado pelo pai, que contou à polícia que saiu pela manhã para trabalhar e quando voltou viu vestígios de sangue na residência. Ele viu o colchão com um cobertor e quando tirou o cobertor viu as duas filhas mortas.
À polícia, a mãe das meninas contou que tinha a intenção de matar as filhas há algum tempo. Ela teria, inclusive, tentado comprar uma arma de fogo, que facilitaria cometer os homicídios e tirar a própria vida. Ela não informou há quanto tempo e como surgiu a intenção de matar as filhas.
Diante dos fatos, a mulher deve responder por duplo homicídio qualificado, com aumento de pena pelo fato de as vítimas serem menores de 14 anos e serem filhas dela. Caso seja condenada, ela pode pegar até 100 anos de prisão.
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