Profissionais de saúde, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem fizeram uma paralisação na manhã desta quarta-feira (21) para reivindicar o piso salarial da categoria, que foi suspenso após votação da maioria no Supremo Tribunal Federal (STF).
Como forma de protesto, diversos profissionais se reuniram em frente ao o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol). A categoria cogita, ainda, uma greve como forma de pressionar o Congresso Nacional acerca de leis que vão custear o piso salarial dos trabalhadores da área.
![Profissionais de enfermagem em Goiás cogitam greve em defesa do piso salarial](https://diaonline.ig.com.br/wp-content/uploads/2022/09/profissionais-de-enfermagem-em-goias-cogitam-greve-em-defesa-do-piso-salarial-1-1024x772.jpg)
Por outro lado, os trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) também iniciaram um movimento em frente ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG). Eles pedem também a negociação de acordos coletivos sem a retirada de direitos, como o pagamento do percentual de insalubridade sobre o vencimento do trabalhador, e não sobre o salário-mínimo.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (Sieg), Roberta Rios, a paralisação atinge 100% das unidades de atenção básica, 50% de urgência e emergência e 20% da rede privada.
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A greve da categoria é cogitada, mas os profissionais aguardam orientação nacional para tomar a decisão. Os trabalhadores pedem celeridade na criação e aprovação de projetos de lei que vão tratar sobre a fonte de custeio do piso da categoria.
A previsão é que a paralisação, iniciada na manhã desta quarta-feira (21), dure 24 horas.
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Profissionais de enfermagem lutam pelo piso salarial
A lei que prevê o pagamento do piso salarial da categoria já havia sido aprovada no Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Entretanto, o STF votou pela suspensão da decisão, pois é preciso viabilizar uma fonte de recursos para o pagamento.
A determinação institui o valor mínimo a ser pago para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Para enfermeiros, o piso previsto é de R$ 4.750. Para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%.