A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) exonerou a diretora do Colégio Estadual Santa Bárbara, em Padre Bernardo, onde crianças foram filmadas marchando com réplicas de arma. O caso teve grande repercussão na semana passada.
A Seduc ainda informou que com a exoneração do cargo de diretora, a mulher voltou ao cargo de professora e será, ainda, remanejada dentro da rede estadual de ensino. Como não teve o nome divulgado, a defesa não foi localizada.
A pasta também disse que instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para “analisar todas as circunstâncias envolvendo o fato, além de apurar a responsabilidade de todos os envolvidos na questão.”
Relembre o caso
Imagens começaram a circular na internet na semana passada e mostram crianças segurando as réplicas dentro do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Santa Bárbara, em Vendinha, povoado de Padre Bernardo.
No vídeo, um homem vestindo trajes militares dá os comandos. Ele foi identificado como Hélio Pereira Pinto, de 65 anos e é sargento aposentado da Aeronáutica. Em entrevista à TV Anhanguera, ele disse que as armas na ocasião não foram um incentivo, mas sim um cerimonial.
Nota da Secretaria Estadual de Educação
Em atenção à solicitação de informações acerca de vídeo envolvendo estudantes do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Santa Bárbara, de Padre Bernardo, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) esclarece que:
A gestora escolar já foi exonerada do cargo e está sendo instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para analisar todas as circunstâncias envolvendo o fato, além de apurar a responsabilidade de todos os envolvidos na questão, incluindo quem idealizou o projeto e quem se omitiu em relação às atividades filmadas;
Desde o ocorrido, a Secretaria de Educação do Estado de Goiás tem enviado equipes à unidade escolar para reuniões pedagógicas e alinhamento de ações, no sentido de reforçar o cuidado com a execução de projetos que promovam a cultura da paz, o respeito e colaborem para a integridade física e moral de toda a comunidade escolar;
A Seduc esclarece ainda que o projeto em questão estava sendo realizado sem o conhecimento da Secretaria de Educação do Estado. Ressaltamos ainda que todo e qualquer projeto a ser executado nas unidades escolares da rede estadual de ensino deve ser precedido de protocolo com análise técnica da Seduc Goiás e posterior autorização, o que, neste caso, não houve.