Profissionais de enfermagem, incluindo enfermeiros, auxiliares e técnicos, se reuniram na manhã desta segunda-feira (5/9) em frente ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, para protestar contra a suspensão da lei que criava o piso salarial da categoria.
Com faixas, cartazes e apitos, os manifestantes chegaram a bloquear o trânsito na rodovia GO-070, que dá acesso ao hospital. Eles gritavam “Eu quero piso” e “Enfermagem na rua, Barroso a culpa é sua”, em referência ao ministro Roberto Barroso, que assinou a liminar de suspensão.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Goiás (Sieg), Roberta Rios, falou sobre a importância da manifestação. “Nós fazemos a diferença, nós carregamos o serviço de saúde. Nós precisamos ser valorizados.”. Veja o vídeo da manifestação:
Suspensão que ocasionou o protesto em Goiânia
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, suspendeu neste domingo (4) a lei que havia sido aprovada no Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que definia o piso salarial da categoria.
A decisão do ministro ainda determina que os entes públicos e privados da área da saúde têm 60 dias para esclarecerem o impacto financeiro do piso, os riscos para empregabilidade no setor e eventual redução na qualidade do serviço.
“É preciso atentar, neste momento, aos eventuais impactos negativos da adoção dos pisos salariais impugnados. Trata-se de ponto que merece esclarecimento antes que se possa cogitar da aplicação da lei”, afirmou Barroso.
Piso salarial dos profissionais de enfermagem
A lei que foi sancionada há um mês pelo presidente institui um piso salarial para contratados no regime CLT e servidores das três esferas da União, estados e municípios. Para enfermeiros o piso é de R$ 4.750; para técnicos, o valor corresponde a 70% do piso, enquanto auxiliares e parteiras terão direito a 50%.