Um homem de 40 anos, assessor empresarial, foi baleado dentro de uma igreja após uma discussão política com um policial militar (PM), no Bairro Finsocial, em Goiânia. O caso aconteceu na última quarta-feira (31).
Informações preliminares apontam que o homem foi atingido com um tiro na perna e socorrido pelo Corpo de Bombeiros. Familiares afirmam que ele passou por uma cirurgia e permanece internado em estado estável.
Como homem foi baleado dentro de igreja em Goiânia
De acordo com um irmão da vítima, a briga entre os envolvidos começou após um debate político sobre apoio a candidatos de esquerda e direita. O assunto já vinha sendo levantado na instituição religiosa há alguns dias.
Segundo o boletim de ocorrência, dois homens entraram em luta corporal com o militar e, para se desvencilhar, fez um disparo que acabou atingindo a perna do envolvido. No documento há apenas a versão dos policiais que atenderam a ocorrência.
Entretanto, a versão é contestada pelo irmão da vítima. Ele afirma que o irmão saiu para beber água e o policial também. Do lado de fora começaram um debate sobre intenções de voto indicadas pelos líderes da igreja. Neste momento, o cabo teria agredido o homem com socos e tentado atirar várias vezes contra ele, mas a arma teria falhado.
O irmão do homem baleado ainda afirma que a reunião na igreja no dia do crime era para debater, justamente, sobre manifestações políticas dentro da igreja. Um dos líderes teria começado a abordar sobre política nos cultos, indicando que os membros não deveriam votar em candidatos da esquerda.
Polícia Militar (PM)
O boletim de ocorrência foi registrado por agressão por arma de fogo e lesão corporal culposa, quando não há intenção de machucar a pessoa agredida. Nele, consta apenas a versão dos policiais.
Em nota, a PM informou que o cabo da corporação estava de folga no dia da briga e afirmou que foi aberto procedimento para apurar o caso.
“Assim que a Polícia Militar tomou conhecimento do caso, determinou a instauração de procedimento administrativo disciplinar para apurar as circunstâncias do fato. Informamos ainda, que o policial militar apresentou de forma espontânea na delegacia de polícia civil para os procedimentos cabíveis”, diz a nota.
Até a publicação desta reportagem, a defesa do Cabo da PM não havia sido localizada para se manifestar. Não conseguimos contato também com a igreja. O espaço segue aberto.
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