Nesta quarta-feira (24/8) um médico foi afastado do Hospital Municipal de Niquelândia após uma paciente denunciar que foi vítima de violência obstétrica, causando assim morte do bebê, que teria nascido prematuro.
De acordo com relatos da mulher, publicados nas redes sociais, a vítima entrou em trabalho de parto e o profissional empurrou as pernas do bebê para dentro da barriga da mãe.
Segundo a mãe, a ação do médico tinha como objetivo fazer com que ela fosse transferida para outro hospital, mas acabou resultando do falecimento da criança.
A Secretaria Municipal de Saúde de Niquelândia, no região norte do estado de Goiás, se manifestou sobre o caso dizendo que as atitude do profissional e as circunstâncias do fato estão sendo investigadas.
O médico acusado de violência obstétrica não é servidor público. Trata-se de um profissional contratado pela SMS desde o ano de 2016, com o objetivo de prestar atendimentos obstétricos e ginecológicos no município.
Como os fatos aconteceram
De acordo com as primeiras apurações sobre o caso, no último dia 12 de agosto uma grávida entrou em trabalho de parto no distrito de Muquém e foi encaminhada para o hospital municipal de Niquelândia, onde foi atendida de imediato.
Em sua publicação na internet, a mulher conta que as pernas do bebê já estavam aparecendo e que o médico as empurrou novamente, resultando em uma compressão do cordão umbilical, dificultando a oxigenação da criança.
Após este episódio, a parturiente foi encaminhada para um hospital no município de Uruaçu, onde a criança nasceu e faleceu horas após o nascimento. Nesta quinta-feira (25), o caso foi registrado na Polícia Civil de Goiás (PCGO).
A SMS de Niquelândia informou ainda que tomou conhecimento da situação através da publicação da vítima, feita na internet. O médico foi afastado até que a situação seja investigada.
O relato feito pelo advogado da pasta foi o seguinte:
“Durante o atendimento o médico constatou que a mãe precisaria de uma UTI e ela foi encaminhada para o hospital de Uruaçu. Esse médico acompanhou a mãe, mas, infelizmente, o bebê não resistiu. Diante da denúncia nas redes sócias, visando apurar melhor os fatos, o médico foi afastado das suas atividades até que haja a devida apuração sobre eventual culpa ou mal procedimento no exercício da função”.
O advogado disse ainda que depois da repercussão do caso outras mulheres fizeram denúncias informais sobre os atendimentos prestados pelo profissional da saúde.