Nesta segunda-feira (4/7) um homem foi preso em Aparecida de Goiânia, suspeito de manter uma mulher e filhos em cárcere privado. O caso foi descoberto após uma criança mandar uma mensagem de áudio para um parente pedindo socorro.
A operação durou cerca de três horas, sendo necessário a presença de 30 policiais para realizar as negociações. Após a prisão o suspeito foi levado para a delegacia.
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“Vai matar minha mãe… Eu estou com medo”, falou a criança na mensagem de áudio enviada.
Segundo apurado, a defesa do suspeito alegou que o homem possui problemas psiquiátricos devido ao uso de drogas e que, na manhã desta segunda-feira (4), teve um surto.
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Conforme informado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), na casa, vive o casal com a filha, de 10 anos, e o filho, de 4 anos. O caso teve início quando os vizinhos se assustaram com os gritos que vinham da casa e chamaram a polícia. A família vive no Jardim Bonança, em Aparecida.
A corporação policial explicou que diante da situação, a filha mais velha do casal chegou a mandar mensagens de áudio para familiares, pedindo socorro. No fundo da mensagem é possível escutar ameaças vindas do homem.
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“Vou arrebentar a porta do quarto, viu. Vontade de explodir sua cabeça”, disse o suspeito.
Ouve-se também a voz da mulher pedindo para que o homem parasse e lembrando a ele que estavam na presença dos filhos. Foi preciso horas de negociações para que o suspeito se entregasse a polícia e liberasse a família.
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Prisão e esclarecimentos
Após ser detido, ele foi levado para a Central de Flagrantes de Aparecida de Goiânia, onde segue preso. A mulher também foi levada para a delegacia, afim de prestar os devidos esclarecimentos sobre o caso.
Apesar da situação vivida por ela e pelos filhos, a mulher negou ter sido vítima do marido e relatou que ele trabalha como vítima de violência. Ainda segundo ela, há cerca de um ano o homem começou a usar drogas.
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Em meio ao depoimento da vítima, foi relatado que durante a madrugada, o suspeito chegou em casa armado e bastante alterado. Todavia, a esposa negou ter sido feita de refém, além de afirmar ter tentado proteger o marido dos policiais. A sogra do suspeito também depôs.
Mesmo com o depoimento da mulher, afirmando que não houve cárcere e/ou violência, o delegado responsável pelo caso enquadrou o suspeito nos crimes de cárcere privado, desobediência e disparo de arma de fogo.
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“O relato dos policiais militares acabou sendo corroborado por arquivos de áudio possivelmente feitos pela filha do casal e por imagens e vídeos que comprovam que ela realmente estava sendo mantida em cárcere privado”, explicou o delegado.