Nesta semana, um caso de homicídio teve grande repercussão em Goiás. Um jovem de 26 anos matou o sogro, que é policial civil aposentado, dentro de uma farmácia no Setor Bueno, em Goiânia. Uma das motivações do crime seria um boletim de ocorrência registrado contra o acusado.
Quem é o investigado pelo crime?
Identificado como Felipe Gabriel Jardim Gonçalves, o jovem foi nomeado em 2016 como vigilante penitenciário temporário. Ele ficou na função até 2021, quando o contrato terminou.
Na semana passada ele havia sido nomeado para o cargo comissionado de gerente de sinalização na Secretaria Municipal de Mobilidade de Goiânia. A pasta disse em nota que ele será exonerado do cargo.
Felipe Gabriel matou o sogro João do Rosário Leão, de 63 anos. Aposentado como policial civil, João também era sócio da farmácia onde foi morto.
Prisão do suspeito
O suspeito de cometer o crime foi preso pela Polícia Civil na noite desta quarta-feira (29/6). Ele foi encontrado na casa de parentes após uma busca de mais de 60 horas. A polícia percorreu mais de 30 endereços em diferentes cidades.
De acordo com a corporação, Felipe Gabriel estava em uma casa no Setor Riviera, em Goiânia. Quando os agentes chegaram no local, ele tentou se esconder na cozinha, mas acabou sendo pego e não resistiu à prisão. Até o momento, a polícia não sabe se ele esteve no local durante todo o período de fuga ou se passou por outros locais.
As pessoas que deram abrigo ao fugitivo também podem responder por crimes, mas o caso ainda será investigado. Felipe Faria deve passar por interrogatório nesta quinta-feira (30).
Arma do crime
Imagens de câmeras do estabelecimento onde aconteceu o crime mostram o momento que Felipe Gabriel entra com a arma em punho e atira diversas vezes contra o sogro, que estava no local com sua outra filha.
No momento da prisão, a polícia encontrou a pistola 9 milímetros usada no crime. Ela estava escondida dentro de caixas no canto da cozinha na casa onde o homem se escondia. Além disso, o carro usado por ele no crime também foi encontrado no quintal da residência.
Segundo a Polícia Civil, o acusado tem registro de atirador esportivo e, por isso, tinha uma pistola em seu nome. Entretanto, ele não possui porte e posse de arma, não podendo carregar a arma em qualquer ocasião, sendo uso permitido apenas para estandes de tiros ou competições esportivas.
Apesar da restrição, segundo o delegado Rhaniel Almeida, a corporação soube que Felipe usava a arma com frequência, sacando para ameaçar a namorada ou em brigas de trânsito.
Motivação
Uma das possíveis motivações do crime investigadas pela Polícia Civil, é um boletim de ocorrência registrado por João Rosário contra o acusado. O sogro havia denunciado o genro depois que ele teria feito ameaças com um arma de fogo.
A ocorrência foi registrada na segunda-feira (27), por volta de 9h da manhã. Pouco tempo depois, às 10h27, Felipe já estava sabendo do registro e enviou prints para a namorada, filha da vítima.
Após o crime, a Polícia Civil começou a investigar como Felipe teve acesso ao documento, uma vez que apenas membros da força de segurança pública podem ter acesso ao sistema. Após levantamentos, a corporação descobriu que um soldado da Polícia Militar acessou a ocorrência registrada por João Rosário.
O Dia Online não localizou a defesa do suspeito até a divulgação desta reportagem, mas o espaço segue aberto para manifestação.
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