O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, foi preso preventivamente durante uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quarta-feira (22/6), em Santos, São Paulo. A operação mira em crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
De acordo com a PF, a operação policial “Acesso Pago” é destinada a investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao Ministério da Educação (MEC).
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A Polícia Federal ainda informa que, baseado em documentos, depoimentos e relatório de investigação, foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas.
No total, 13 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. Além disso, outras medidas cautelares diversas também estão sendo efetuadas, como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos.
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“O crime de tráfico de influência tem pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses).”, informou a PF.
Ex-ministro da Educação deve passar por audiência de custódia
O ex-ministro da Educação será levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília e deve passar por audiência de custódia ainda nesta quarta-feira (22).
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De acordo com a PF, a investigação começou a partir de uma autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) por causa do foro privilegiado de um dos investigados.
O Dia Online tenta contato com a defesa do ex-ministro, mas ainda não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.
Gabinete paralelo
Em março deste ano, algumas conversas gravadas vieram à público, onde o ex-ministro admitia que priorizava o atendimento de prefeitos que chegaram por intermédio de alguns pastores.
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“A minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, diz em trecho da conversa gravada.
Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura também são alvos da operação deflagrada pela PF nesta quarta-feira (22).