Nesta sexta-feira (10/6), uma jovem, de 25 anos, denunciou que foi vítima de assédio sexual durante uma corrida de aplicativo a caminho do trabalho, em Goiânia. De acordo com a passageira, o motorista de app estava com a calça abaixada e se masturbando durante todo o trajeto.
A mulher conta que para ela, o momento foi assustador, que sentiu medo do motorista encostar nela ou de ver alguma coisa mais explícita. A vítima relata ainda que sempre ouviu relatos de mulheres que passaram por isso, mas nunca viveu e agora está com medo de andar na rua.
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Sobre o caso, a empresa de aplicativo ao qual o suspeito era cadastrado afirmou que a conta do motorista em questão foi desativada e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações sobre o caso.
Em nota, a Uber ressaltou ainda que defende o direito das mulheres de ir e vir da maneira como bem entendem e que elas possuem o direito de se locomoverem em ambiente seguro.
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Como a situação aconteceu
A vítima relembra que ao entrar no carro para ir trabalhar, ficou a maior parte do tempo mexendo no celular, sem prestar atenção ao que acontecia a sua volta e só percebeu a ação do motorista quando estavam parados em um semáforo.
Por estar com pressa, a moça olhou para frente para ver o tempo do semáforo. Neste momento viu que o motorista estava tocando e massageando as partes íntimas “com uma frequência exagerada”. Assustada, a jovem percebeu que ele estava com a calça abaixada.
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Mediante a situação, a vítima conta que a sua única reação foi registrar o que estava acontecendo e pedir ajuda para um colega de trabalho que a estava esperando.
Conforme relatado além de gravar a situação, a vítima não teve nenhuma outra reação. Outro ponto que deixou a passageira com medo foi o fato de estar acompanhando a corrida pelo aplicativo e percebeu que o condutor estava prolongando o percurso.
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A Uber foi notificada pela jovem, que afirmou também que irá registrar um boletim de ocorrência sobre a situação que viveu.
Confira abaixo, na íntegra, a nota divulgada pela empresa:
“A Uber repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater e denunciar casos de assédio e violência. O motorista parceiro teve sua conta desativada da plataforma assim que a empresa tomou conhecimento do episódio. A Uber se coloca à disposição para colaborar com as autoridades no curso das investigações.
A Uber defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Por isso, desde 2018 a empresa mantém o compromisso de participar ativamente do enfrentamento da violência contra a mulher e segue investindo constantemente em conteúdos educativos contra o assédio para motoristas.
Em conjunto com o Instituto Promundo, foi lançado o Podcast de Respeito e mais recentemente a Uber lançou uma campanha educativa de combate ao assédio também em parceria com o MeToo Brasil. Além disso, também em parceria com o MeToo, a plataforma possui um canal de suporte psicológico para apoiar vítimas de violência de gênero.
Segurança é uma prioridade para a Uber e inúmeras ferramentas atuam antes, durante e depois das viagens para torná-las mais tranquilas, como, por exemplo, o compartilhamento de localização, gravação de áudio, detecção de linguagem imprópria no chat, botão de ligar para a polícia, entre outros.”