A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Repressão a Estelionatos e outras Fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (GREF/DEIC), efetuou a prisão de uma quadrilha suspeita de aplicar golpes falsa intermediação de compra e venda de veículos.
Em abril deste ano, quatro pessoas foram detidas, sendo uma mulher e três homens, apontados como integrantes da associação criminosa que praticava o crime de estelionato na modalidade golpe do intermediário. No total, duas operações foram realizadas e sete pessoas foram presas.
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Segundo o delegado coordenador da operação, Paulo Ludovico, os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa e estelionato praticado por meio eletrônico, crimes cujo somatório das penas poderá alcançar 11 anos de reclusão.
Investigação da quadrilha que aplicava golpe de falsa intermediação de compra e venda
Conforme apontam as investigações, o caso foi descoberto depois que dois homens denunciaram que foram enganados por uma pessoa que se passou por um intermediário na compra e venda de um caminhão. O criminoso teria enganado o vendedor e o comprador em adquirir o veículo.
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Para o vendedor do caminhão, o intermediário alegou que precisava pagar R$ 63.000,00 para o cunhado ou dar um caminhão avaliado no valor. Para o comprador, o golpista disse que o veículo era propriedade de um cunhado, mas toda a negociação deveria ser tratada com ele.
Após marcar uma visita para que o interessado pudesse ver o veículo, o golpista disse que o valor do caminhão seria R$ 35.000, o que despertou ainda mais o interesse do comprador. Ele então efetuou a transferência do valor para uma conta bancária informada pelo golpista, que seria de sua esposa. Contudo, ao tentar transferir o caminhão e falar com o real proprietário, descobriu ter sido vítima de um golpe.
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Prisão dos suspeitos
Após inúmeras diligências, os policiais conseguiram prender três suspeitos de receberem o dinheiro do crime em suas respectivas contas bancárias e um suspeito de ser o responsável por enganar a vítima e efetivamente aplicar o golpe.
As investigações prosseguiram e os agentes identificaram outros suspeitos de integrarem a associação criminosa, sendo uma mulher, companheira de um dos presos, e um homem, ambos responsáveis por fornecerem contas bancárias para o recebimento de valores. Um outro homem também foi preso, suspeito de ser o cooptador de contas do grupo criminoso. Este último investigado, inclusive, se apresentava como advogado para conseguir cooptar as contas bancárias.
Com essas informações, os investigadores descobriram o paradeiro do suspeito de ser o cooptador de contas e o capturaram na cidade de Caldas Novas, local onde também foi apreendido um veículo e objetos importantes para a finalização das investigações. A mulher foi presa na cidade de Aparecida de Goiânia e o homem, em Goiânia.