Cerca de dez trabalhadores foram encontrados e resgatados em situação análoga à escravidão, no município der Santo Antônio do Descoberto. De acordo com informações repassadas pelo Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), as vítimas estavam trabalhando na extração de eucalipto.
O resgate dos trabalhadores foi feito por auditores-fiscais, nesta terça-feira (17/5), todavia a informação só foi divulgada neste fim de semana. Ainda de acordo com o MTP, sete dos dez homens eram da Paraíba e os outros três moravam no Entorno do Distrito Federal. A operação de resgate foi realizada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel, a Inspeção do Trabalho, em ação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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O auditor-fiscal responsável pela ação disse que as vítimas estavam alojados em casas improvisadas e que o local não possuía moveis, estavam sujas e os trabalhadores dormiam em colchões e pedaços de espuma. Ainda segundo o auditor, em uma das residências foram encontrados morcegos e no banheiro não havia pia, descarga ou água quente no chuveiro.
Segundo divulgado pelo governo, após a notificação, a empresa empregadora precisou firmar um termo de ajustamento de conduta e o pagamento de cerca R$ 33 mil. Parte do valor pago pela empresa foi repassado aos trabalhadores, de forma a garantir o retorno das vítimas para suas cidades de origem. Os trabalhadores de Cuité, na Paraíba, devem receber da empresa o reembolso do gasto que tiveram para ir até Brasília.
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Os trabalhadores que possuíam cadastro no PIS receberam guias de Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado entregues pelo governo. Segundo informações do MTP, cada um dos resgatados terá o direito de receber três parcelas do seguro-desemprego especial, cada um no valor de um salário mínimo.
Condições de trabalho
Outra informação divulgada pelo governo, referente as condições de vida, é que o esgoto que saía das casas era despejado em um rio, onde os trabalhadores pegavam água para beber. Para realizar o trabalho executado pelos homens era necessário o uso de equipamentos de proteção individual, porém não eram fornecidos pela empresa.
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Por não ter o nome divulgado, o Dia Online não conseguiu contato com a defesa da empresa empregadora. O espaço segue aberto para manifestação.