Está sendo apurado pela Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO) uma denúncia feita por alunos do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CPM-GO) que relatam terem sido proibidos de utilizar blusas de frio, que não fizessem parte do uniforme da unidade de ensino. Através de um ofício, o órgão solicitou explicações ao comando da unidade de ensino, nesta sexta-feira (20/5). O caso aconteceu no CPM do Jardim Guanabara, em Goiânia. O ofício deve ser respondido no prazo máximo de 48 horas a contar da data de recebimento do documento.
O caso acima citado aconteceu nesta quinta-feira (19), dia em que Goiás registrou as menos temperaturas, para o mês de maio, desde que as medições começaram a ser feitas na década de 60. Durante a madrugada de quinta-feira, por exemplo, Goiânia chegou a marcar 5ºC.
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O documento enviado pela Defensoria Pública do estado diz que o órgão considera “a suposta atitude por parte do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás é discriminatória e viola a dignidade e os direitos humanos dos estudantes, esta Defensoria Pública solicita informações acerca da situação”.
Na tarde desta sexta-feira (20) a instituição de ensino se manifestou sobre o caso, alegando que ao tomar ciência sobre o fato tomou as medidas administrativas cabíveis para apurar a situação. Ainda de acordo com o Colégio da Polícia Militar, uma das medidas já tomadas é a permissão do uso de roupas de frio que não fazem parte do uniforme escolar, como por exemplo blusas, agasalhos, moletons.
Todavia, apesar de ter liberado o uso de agasalhos durante os dias frios, a escola faz uma ressalva e solicita aos alunos que os itens sejam usado sob o uniforme e que não haja descaracterização da vestimenta padrão dos alunos. O Comanda da escola ressalta ainda que não “coaduna com qualquer desvio de conduta e que toda reclamação será apurada”.
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O que diz o ofício enviado pela Defensoria Pública
Consta no ofício enviado pela DPE-GO relatos de estudantes que disseram que, mais de 30 alunos, foram obrigados a retirar a blusa de frio. O documento acrescenta ainda a fala de um subcomandante do colégio que teria dito que “quem não tem dinheiro para adquirir o agasalho da instituição não é merecedor do colégio militar”.
É importante ressaltar que os dois agasalhos que fazem parte do uniforme da escola, e que são vendidos pela instituição de ensino custam cerca de R$ 70 e R$ 125, respectivamente. Indignados com a situação a qual foram submetidos, após o ocorrido, alunos criaram um grupo em um aplicativo de mensagem com outros alunos, pais e responsáveis para relatar o ocorrido, além de enviar fotos e vídeos referentes à situação.
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Alguns estudantes do Colégio Militar afirmam que, nesta sexta-feira, diversos pais foram até a unidade de ensino para reclamar e pedir explicações sobre o que havia acontecido. Os pais e responsáveis pelos alunos se mostram indignados e solicitam aos gestores da instituição que tenham compreensão, tendo em vista que se trata de um frio atípico no estado de Goiás.