Um médico do Hospital Araújo Jorge foi indiciado após cobrar dinheiro para realizar o preenchimento de um documento de apólice de seguro de vida de um paciente que faleceu. O caso aconteceu em Goiânia e segundo informações da Polícia Civil de Goiás (PCGO), o suspeito cobrou de familiares valores entre R$ 200 e R$ 400 para fazer o documento.
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Sobre o caso, a unidade de saúde informou que a instituição orienta seus profissionais a não realizarem o preenchimento de declarações e que não compactua com ações que infrinjam à lei ou a ética profissional. O médico foi indiciado por corrupção passiva nesta terça-feira (3/5). Ainda conforme a PCGO, a denúncia foi feita pelo filho do paciente, que atua como assistente do Grupo de Apoio ao Paciente Paliativo do Hospital.
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A corporação policial disse ainda que o filho chegou a realizar o pagamento pelo documento, mas que posteriormente procurou a polícia para denunciar o crime praticado pelo profissional de saúde. A PCGO ressalta que profissionais da saúde, tais como o médico, não podem assinar o documento, sendo este papel de responsabilidade de um perito especialista. Ao assinar a apólice, o suspeito infringiu as regras do Conselho Federal de Medicina (CFM). O homem não chegou a ser preso e a PCGO não informou o que o mesmo disse em depoimento.
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O que diz o Conselho Regional de Medicina
Sobre o caso, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) disse que não tem qualquer conhecimento sobre a denúncia, mas vai acompanhar o caso e verificar se realmente houve infração ética na conduta do profissional.
A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap) solicita ainda que, caso outras famílias tenham passado pela mesma situação de cobrança, podem entrar em contato através do Disque Combate à Corrupção – 181 e denunciar o caso.
Visto que o médico não teve a sua identidade revelada, o Dia Online não conseguiu contato com a sua defesa.