A Polícia Civil de Goiás (PCGO) indiciou um empresário por estelionato, após a um processo investigatório descobrir que ele é o suposto responsável de aplicar golpe de R$ 50 milhões em investidores do município de Anápolis, localizado a 55 km de Goiânia. O suspeito está preso.
A prisão do empresário e de sua esposa aconteceu no último dia 2 de abril, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, enquanto tentavam embarcar para Portugal. Mediante a tentativa de fuga, a PC entendeu que a a saída do suspeito do país se tratava de uma forma de se isentar da responsabilidade pelo crime. Desta forma, a corporação conseguiu mandados de prisão junto à Justiça.
Informações descobertas com a investigação
Em relação a mulher do suspeito, as investigações apontaram que a mesma é vítima do próprio marido e não tinha ciência sobre os negócios. De acordo com informações divulgadas pelo delegado responsável pelas investigações, foi apurado que o empresário forjou provas para atestar junto aos investigadores que ele estava entre os 10 melhores apostadores do segmento esportivo.
O suspeito afirmava também que possuía uma fortuna estipulada em 33 milhões de euros, mas que nunca chegou a ter mais que 100 mil euros. Após ter acesso ao histórico de apostas, a corporação chegou a conclusão de que o suspeito mais perdia do que ganhava e que o empresário não usava todo o montante enviado pelos investidores.
Outra mentira descoberta com as investigações aponta que o homem mentiu sobre ter um software de bloqueio das apostas, caso as perdas fossem superior a 10% do capital investigo. O prejuízo causado aos investidores, pelo empresário, chega aos R$ 50 milhões. A polícia já recebeu cerca de 50 pessoas que relataram serem vítimas do suspeito e que disseram ter feito investimentos de alto valor com a promessa de rendimentos de 15% ao mês.
“Ocorre que os titulares da empresa anunciaram no dia 29 de março que haviam perdido 99,88% dos valores investidos. Nesse momento, eles se evadiram para local incerto”, destacou o delegado.
O Dia Online não conseguiu contato com a defesa do acusado. Desta forma, o espaço segue aberto para manifestações.