A Polícia Civil de Goiás indiciou, nesta segunda-feira (18/4), uma perita criminal suspeita de forjar o próprio atentado, em Caldas Novas. O caso aconteceu no último dia 10 de março. Agora, ela deve responder por peculato, falsidade ideológica e porte de arma de fogo.
As investigações apontam que a perita, que atuava como Coordenadora da Unidade de Polícia Científica de Caldas Novas, teve a ajuda de um servidor da prefeitura para forjar o ataque. O servidor foi indiciado por porte de arma e tentativa de homicídio.
Durante a investigação, a Justiça determinou a quebra do sigilo telefônico dos investigados, a suspensão do porte de arma de ambos e proibiu que eles mantivessem contato entre si, com testemunhas e outros peritos. Ambos foram afastados de suas funções.
O atentado
À época, a perita foi atingida com um tiro na região do ombro enquanto dirigia na GO-213, na região de Caldas Novas. Ela estava a caminho de casa quando foi abordada por um motociclista.
Ao ser atingida com um disparo, ela foi encaminhada para um hospital da cidade, onde passou por cirurgia. Posteriormente, ao receber alta, ela foi internada em uma unidade de tratamento psiquiátrico, em Anápolis.
Segundo a Polícia Civil, nos autos, a perita informou que se sentia pressionada no cargo que ocupava e, por isso, teria forjado a tentativa de homicídio. Ela confessou ter armado o ataque.
O caso segue sendo apurado na esfera criminal e também há processo administrativo na Secretaria de Segurança Pública (SSP), que pode acarretar na exoneração da servidora. Há ainda a possibilidade de prisão da perita, conforme decisão judicial.
O Dia Online não conseguiu contato com a defesa da servidora, mas o espaço segue aberto para posicionamento. Como não teve o nome divulgado, a defesa do outro servidor envolvido também não foi localizada.
Leia também:
Perita criminal baleada em Caldas Novas teria forjado próprio atentado, diz PC
Diretora da Polícia Científica de Caldas Novas é baleada em atentado na GO-213