A Polícia Civil de Goiás (PCGO) concluiu, na terça-feira (12), a investigação que apurou a morte do policial federal Lucas Soares Dantas Valença, 36 anos, conhecido como ‘hipster da Federal’. O caso aconteceu em março deste ano, em Buritinópolis, no nordeste goiano.
Conforme apontam as apurações, o morador, de 29 anos, agiu em legítima defesa e, por isso, foi indiciado pelo crime de posse ilegal de arma de fogo e não por homicídio. O policial teria invadido a casa do morador após desligar a energia.
Como aconteceu o caso que vitimou o ‘hipster da Federal’
De acordo com a Polícia Civil, o caso aconteceu no último dia 2 março, por volta das 23h, no Povoado Santa Rita. Segundo o autor, ele estava em sua residência, com sua esposa e a filha de 3 anos, quando ouviu barulhos, possivelmente de alguém andando em volta de sua casa. Ele relata que ouviu diversos xingamentos e alguém dizendo que na casa “havia demônios”.
Momentos depois, o policial desligou o padrão de energia, foi até a porta da residência e a arrombou. O morador então falou para ele ir embora, mas ele não foi ouvido e, por medo, efetuou um disparo com uma espingarda calibre 22 na direção ao invasor, não sabendo que tinha o atingido.
Quando religou a energia, verificou que havia atingido o homem com um tiro abaixo do peito. O socorro chegou a ser acionado, mas o policial não resistiu e morreu ainda no local. O morador afirma que não conhecia o federal.
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Segundo a Polícia Civil, um laudo pericial constatou que a vítima, na data da ocorrência, tinha em seu corpo a substância entorpecente THC, principal componente da planta da maconha. Segundo amigos da vítima, ele também estava em tratamento psicológico e usava remédios controlados.
O inquérito segue agora para o Poder Judiciário a fim de dar andamento na persecução penal.