Na tarde desta quinta-feira (7/4), foi julgado pelo desembargador Gerson Santana Cintra, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) o pedido da Prefeitura Municipal de Goiânia que faz referência a greve dos professores municipais. A decisão do magistrado determina o retorno imediato dos profissionais da educação da rede municipal de ensino às suas funções. A greve dos professores teve início no último dia 15 de março.
A decisão do desembargador foi baseada na argumentação de que, caso continue, a paralização pode causar graves lesões, e de difícil reparação, ao calendário escolar dos alunos que cursam a rede municipal de ensino, em Goiânia. O movimento organizado pelos professores cobra um reajuste de 33,24% sobre o piso salarial dos professores, conforme anúncio feito pelo Governo Federal.
Em contrapartida, o Paço Municipal está propondo aos grevistas um reajuste de 10,16%, além argumentar que o percentual oferecido é suficiente para adequar os salários dos professores ao valor mínimo estabelecido para vigorar neste ano de 2022, que corresponde a um montante de R$ 3.845,63 mensais.
Pelo menos 68 escolar municipais de Goiânia estão de greve
Ao todo o município de Goiânia possui 370 instituições de ensino que se encontram sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação (SME). Deste total, cerca de 68 unidades se encontram com as atividades suspensas, devido a paralisação do professores municipais que reivindicam o reajuste salarial para acompanhar a proposta feita pelo Governo Federal.
De acordo com informações divulgadas pela Prefeitura Municipal, através da SME, inicialmente a greve se estendia a 195 escolas. Entretanto, com o passar dos dias, algumas unidades foram retomando suas atividades. Em um levantamento feito pela administração, no começo desta semana, a quantidade de funcionários que ainda estariam de greve chegava a 70% da quantidade total.
Importante ressaltar que a greve dos professores começou no dia 15 de março e no último dia 31, dois professores foram detidos e soltos no mesmo dia, durante um protesto em frente a uma unidade de ensino que estava sendo inaugurada, na Vila Areião, pelo atual prefeito de Goiânia, Rogério Cruz.