Em júri popular, realizado ontem (31/3), em Bom Jesus de Goiás (GO), três dos cinco réus foram condenados pela morte da vereadora Roseli Aparecida de Oliveira Rocha. Dos demais nomes envolvidos no caso, um foi absolvido e o outro, Vilmar Rocha, apontado como mandante do crime, faleceu antes do julgamento, devido a complicações do Covid-19.
Além do ex-marido, o filho da vítima, Daiton Rodrigues Oliveira Rocha também chegou a ser suspeito da morte da vereadora , inclusive, foi preso. Contudo, a Justiça rejeitou denúncia contra ele, argumentando que não havia indícios de sua participação a morte da mãe.
Dentre os condenados, um dos réus foi absolvido da morte da vereadora
Durante o julgamento, os réus Joaquim dos Santos, Nathanael Cardoso dos Santos e Gilberto Alves de Freitas foram condenados pela morte da vereadora. Apesar da decisão da justiça, defesa pode recorrer.
Joaquim dos Santos foi condenado por homicídio qualificado pelo uso de emboscada contra a vítima e também por aceitar pagamento a fim de cometer o crime.
Uma pena de seis anos e oito meses, a serem cumpridos, inicialmente, em regime semiaberto foi imposta a ele. O homem teve a pena reduzido devido a acordo realizado com o Ministério Público do Estado de Goiás, após denúncia do crime.
Filho de Joaquim, Nathanael Cardoso dos Santos também foi condenado pelos mesmos crime. No entanto, Justiça estipulou pena de 12 anos e cinco meses, a serem cumpridos, inicialmente, em regime fechado.
Gilberto Alves da Silva, outro réu no caso da morte da vereadora, também foi condenado, dessa vez, por homicídio qualificado por ter aceito dinheiro para cometer o crime. A pena imposta a ele foi de oito anos de prisão, tendo que ser cumprida, em regime semiaberto, inicialmente.
Raphael Soares Alves de Freitas foi o único réu absolvido do caso. O mandante do crime, o ex-marido da vítima, faleceu antes de ser julgado.
Tentativa de assalto culminou na morte da vereadora
No dia 3 de dezembro de 2018, às margens da BR-452, na saída de Bom Jesus de Goiás, o corpo da vereadora foi encontrado em seu próprio carro. Investigações do caso apontaram que o ex-marido havia encomendado a morte de Roseli, dois meses antes do caso acontecer. O motivo seria uma disputa de bens, após a separação do casal.
Ainda segunda as investigações, Joaquim foi contratado por Vilmar Rocha para matar a esposa. Um preço de R$ 50 mil foi oferecido para o ato. No entanto, o condenado repassou a arma que recebeu do mandante para o filho, Nathanael executar a vítima.
Na data do crime, os dois chamaram Gilberto Alves e Raphael Soares para assaltar a vítima. Soares, contudo, teria apenas emprestado seu carro e não teria ciência do que aconteceria.
Joaquim e seu filho abordaram a vítima, quando a vítima saia de casa e renderam-na. Com a vereadora dentro do carro foram até a BR-452.
A denúncia do MP explicou que, durante este trajeto da residência de Roseli até a via, três tiros foram disparados contra ela, sem chance alguma de defesa.