Na noite de ontem (30), a defesa do réu, Maurício Sampaio, apontado como mandante do crime contra a vida de Valério Luiz, solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que a nova data do julgamento, prevista para o próximo dia 2, seja suspensa.
A solicitação da defesa de Sampaio foi feita para que uma questão denominada qualificadora, ou seja, que pode aumentar a pena do condenado, seja julgada.
O radialista Valério Luiz foi morto a tiros no dia 5 de julho de 2012, no Setor Serrinha, em Goiânia. Ele estava saindo do carro na porta da rádio onde trabalhava e foi baleado por um motociclista.
Defesa de Sampaio solicita suspensão de júri a STJ
A defesa de Sampaio havia solicitado ao Tribunal de Justiça de Goiás que o júri não analisasse se o mandante do crime pagou para os executores cometerem o homicídio. A questão considerava qualificadora pode resultar em mais anos de reclusão para o réu.
Contudo, o desembargador Ivo Fávaro avaliou, no último dia 27 que o pedido não seria analisado. A justificativa do magistrado é que a questão já foi vista durante outras fases do processo. Diante da negativa, o advogado de Sampaio recorreu e solicitou ao STJ suspensão do júri.
Caso atendido solicitação da Defesa de Sampaio, julgamento do caso Valério Luiz chegará ao seu terceiro adiamento
Desde a data do crime, em julho de 2012, o julgamento do caso Valério Luiz foi adiado duas vezes, sendo uma delas, devido a pandemia do Covid-19 . Além disso, ainda houve mudança do juiz responsável pelo caso e o processo foi desmembrado.
Assassinato
O radialista Valério Luiz foi morto a tiros no dia 5 de julho de 2012, no Setor Serrinha, em Goiânia. Ele estava na porta da rádio onde trabalhava, quando foi baleado por um motociclista.
Em fevereiro de 2013, a Polícia Civil indiciou cinco pessoas pela suspeitas de envolvimento no crime.
Entre elas estão o ex-presidente do Atlético-GO e atual vice do conselho de administração do time, o cartorário Maurício Borges Sampaio; Urbano de Carvalho Malta, funcionário de Sampaio; policiais militares Ademá Figueiredo e Djalma da Silva e o açogueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier.
Em março de 2013, os cinco foram acusados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) pelo crime contra a vida de Valério Luiz.