Foi condenado a 49 anos de prisão um homem que matou uma criança de 6 anos e torturou os três irmãos dela, de 8, 4 e 1 ano, em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
A condenação foi determinada na terça-feira (22), pelo juiz Fernando Oliveira Samuel, quase três anos após o crime, que aconteceu em maio de 2019, no Bairro Mutirão da Moradia.
Conforme apontam as investigações, o jovem, de 21 anos, teria agredido as crianças por terem pedido comida para os vizinhos. Ele era namorado da tia das crianças e juntos tinham a guarda deles pois os pais estavam presos.
Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), quatro meses antes do homicídio o homem já teria submetido as crianças a sofrimento físico e mental, empregando grave violência e ameaça como forma de “castigo”.
O homem foi condenado por homicídio qualificado, tortura e corrupção de menores. Ele segue preso desde o dia do crime. A defesa dele não foi localizada, mas o espaço segue aberto para manifestação.
Relembre o caso
De acordo com o MP-GO um dia antes do crime, o jovem, que tinha 19 anos à época, e a namorada, de 17, saíram de casa e deixaram as crianças sozinhas e trancadas no imóvel. Quando retornou para a residência, o casal soube que a menina de 6 anos havia pedido comida para os vizinhos, por isso, ela e o irmão de 8 anos foram espancados com uma corda.
A menina então tentou fugir, mas foi arrastada de volta para a casa e agredida novamente, juntamente com os irmãos. As investigações apontam que o casal chegou a chutar e pisotear a cabeça da menina.
No dia seguinte, a menina, que dormiu no chão do quintal, acordou fraca e reclamando de fortes dores no peito e no abdômen. Temendo a prisão, o casal decidiu não levá-la ao hospital e acionou o Corpo de Bombeiros, mas ela não resistiu.
Os outros três irmãos foram resgatados e encaminhados para abrigos da cidade
Pais das crianças
Os pais das crianças foram presos em fevereiro de 2019 por tráfico de drogas, no Distrito Federal. À época eles foram flagrados com 15 g de maconha e crack, além de R$ 174,00 em espécie.
Durante audiência de custódia, a mulher contou que estava na rua há dois dias e pediu para que o casal tomasse conta dos filhos dela para que eles não ficassem sob tutela do Estado.