Nesta terça-feira (22/3) uma mulher foi presa suspeita de cometer injúria racial contra uma atendente no hospital de Jataí, em Goiás. Na ocasião, a mulher estava acompanhada da filha, de 14 anos, que está grávida e, na ocasião, teria chamado a vítima de “neguinha”. De acordo com informações preliminares, a suspeita também teria tentado furar a fila de espera.
O caso foi registrado na delegacia pela atendente. Já a acusada pagou fiança e responderá por injúria racial, em liberdade. Em conversa com a Polícia Civil de Goiás (PCGO) testemunhas disseram que a suspeita aguardava a filha ser atendida em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e tentou furar a fila de espera.
Como o crime de injúria racial aconteceu
A ação foi percebida por um funcionário da unidade de saúde, que solicitou que a mulher respeitasse a ordem de chegada. Exaltada por ter sido repreendida, a resposta da suspeita foi acompanhada pelo termo. A delegada responsável por investigar o caso explicou que “a servidora teria chamado a autora de banguela e ela respondeu dizendo ‘Não faz isso não, neguinha”.
Mediante a situação, a vítima acionou a Guarda Civil Municipal e registou um boletim de ocorrência por injúria racial. A mulher foi conduzida à delegacia pelos guardas e prestou depoimento, onde contou aos policiais que tem o costume de chamar a própria filha pelo apelido de “neguinha”, desta forma não teve intenção de ofender a atendente da unidade de saúde.
Após prestar os devidos esclarecimentos junto à corporação, a suposta autora do crime pagou fiança e foi autorizada a responder pelo crime em liberdade. A Polícia Civil segue investigando a situação. Caso seja condenada pelo crime de injúria racial, a suspeita pode chegar a pegar três anos de reclusão e multa, estando previsto em Lei através do Artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal Brasileiro.