Comerciantes de Rio Verde, região sudoeste do estado de Goiás, tem procurado a delegacia de policia do município para denunciar um golpe aplicado via redes sociais. Os criminosos entram em contato de forma virtual e acusam empresários locais de denunciar uma facção criminosa da cidade, usando, inclusive, ameaças de morte para exigir dinheiro das vítimas. Ao todo, oito pessoas já denunciaram o golpe na delegacia.
A dinâmica do crime acontece da seguinte forma: vídeos segurando armas de fogo e ameaçando “tacar fogo e matar quem estiver lá” são enviados para os alvos do golpe. Logo depois o comerciante recebe uma porção de áudios que dão continuidade nas ameaças, alegando que as vitimas estão sendo avisadas e não estão “nem ai”, questionando o que estão esperando, se esperam que o pior aconteça, além de reiterar que “os caras” vão chegar baleando “todo mundo e até gente inocente”.
Investigações sobre o caso
De acordo com as primeiras apurações da polícia, a escolha dos comerciantes que receberão as ameaças é feita de forma aleatória. Os criminosos estariam pedindo dinheiro às vítimas para perdoar a suposta denúncia contra a facção. Por medo, muitos comerciantes acabam fazendo a vontade dos criminosos, mesmo sem terem feito a suposta denúncia alegada pelo grupo.
Uma das vítimas, que não quis se identificar, disse que recebeu as ameaças e foi acusada de denunciar uma boca de fumo. Nas ameaças, o grupo dizia que a partir daquele determinado momento, a vida do alvo estava mas mãos deles. Ainda de acordo com a comerciante, ela questionou que estavam ligando para a pessoa certa.
O delegado responsável por investigar o caso informou que as imagens usadas pelos criminosos, para assustar e ameaçar as vítimas, são copiadas da internet. Desta forma, pode-se concluir que estes estelionatários são fazem parte dessas facções que dizem ser. Ainda conforme o delegado, o objetivo da ação é causar pânico no empresário para que ele faça uma transferência, por medo que algo pior possa acontecer. O resultado do golpe é um prejuízo financeiro para a vítima.