O Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou, nesta terça-feira (15), mais um pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e decidiu manter arquivada a investigação contra o Padre Robson de Oliveira sobre supostos desvios de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).
De acordo com o advogado Pedro Paulo Medeiros, a decisão tomada pelo ministro Olindo Menezes não muda nada no processo, que já foi arquivado definitivamente. Este é o quarto recurso rejeitado pelos ministros. O Ministério Público de Goiás informou que vai recorrer da decisão.
Entre as denúncias oferecidas pelo MP estão que o religioso desviou cerca de R $100 milhões para compra de imóveis, veículos e até mesmo um avião. Além disso, também foram apontados outros diversos crimes, como apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Desde 2018 que o MP-GO investigava os supostos desvios milionários de dinheiro que deveria ter sido usado na construção da nova Basílica de Trindade e a manutenção de entidades. Diante das suspeitas, foram abertos dois processos contra o padre, um criminal e um cível, ambos foram trancados pelo Tribunal de Justiça.
Operação Vendilhões: investigação contra Padre Robson de Oliveira
A Operações Vendilhões foi deflagrada após uma investigação que apontava que o padre teria sido vítima de extorsão por hackers para não divulgar um suposto relacionamento amoroso dele. Ao todo, cerca de R$ 2,9 milhões foram pagos com o dinheiro da Afipe.
Em dezembro de 2020, padre Robson e outras 17 pessoas foram denunciadas pelos crimes citados, mas o processo foi bloqueado pela justiça. O padre foi afastado da presidência da Afipe, assim que a Operação Vendilhões foi deflagrada. No início do escândalo, as doações de fiéis chegaram a registrar queda de 80%.
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