Os servidores da Educação municipal de Goiânia declararam greve a partir desta terça-feira (15), por tempo indeterminado. Uma manifestação foi organizada no Centro Popular de Abastecimento e Lazer (Cepal). A categoria cobra o pagamento de direitos e também a realização de concurso público.
A decisão foi tomada na assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego). Segundo a presidente da entidade, Bia Lima, a Prefeitura de Goiânia não apresentou uma proposta aceitável quanto ao reajuste dos servidores.
No início de fevereiro Bia Lima já havia falado sobre a possibilidade de paralisação nas atividades da Educação caso algum município não cumprisse o reajuste de 33.24% para os profissionais da educação, conforme determinado pelo Ministério da Educação (MEC).
Servidores da Educação de Goiânia cobram pagamento de direitos
Entre as pautas reivindicadas pelos servidores da educação na manhã desta terça-feira (15) estão o reajuste do piso salarial dos professores, pagamento da data base e plano de carreira dos servidores administrativos, auxílio transporte e locomoção, quinquênio, gratificação dos diretores, realização de concurso público, e outras.
Na última quinta-feira (10), o Sintego já havia deliberado em reunião sobre a greve nesta terça-feira (15), caso não houvesse uma proposta aceitável sobre os pagamentos dos diretos por parte do Paço Municipal.
Conforme foi proposto pela Prefeitura, o reajuste seria de 9,32% de data-base para os administrativos e 7,5% do piso dos professores. A proposta foi rejeitada no último dia 4 de março. Posteriormente, a prefeitura propôs igualar o piso à data-base, ambos com reajuste de 9,32%. A proposta também foi negada.
De acordo com Bia, o secretário de Educação da capital, Wellington Bessa, chegou a propor 10,16% de reajuste, seguindo a inflação, calculada pelo INPC, mas a medida também foi rejeitada, pois o Sintego luta pelo reajuste de 33,24%, que foi estipulado pelo MEC. O sindicato chegou a propor o pagamento parcelado, mas o Paço Municipal não acatou a sugestão.
Mobilização Nacional
Nesta quarta-feira, 16 de março, a categoria organiza uma mobilização nacional. Em Goiânia, a manifestação será realizada no Paço Municipal, às 14h, com caminhada até a nova sede da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), no Parque Lozandes.
Entre as pautas estão:
- Cumprimento do piso do magistério 2022 em todas as redes escolares;
- Regulamentação do piso salarial dos profissionais da educação;
- Valorização dos planos de carreira, contratações por concurso público e contra a terceirização na educação;
- Revogação do “Novo Ensino Médio” excludente e de formação minimalista dos estudantes;
- Contra a Militarização escolar, a educação escolar e a lei da mordaça (escola sem partido).
Na sexta-feira (18), também está previsto um ato em frente ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) para cobrar uma intervenção jurídica.