Uma mulher de 41 anos que matou a filha e escondeu o corpo dela em um escaninho teve a prisão preventiva decretada após não comparecer em juízo. O crime aconteceu em 2011, em Goiânia, e descoberto em 2016. Dois anos depois ela foi condenada a 18 anos de prisão.
A prisão preventiva foi decretada nessa segunda-feira (14/3) pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri. A mulher respondia ao crime em liberdade, mas é obrigada a comparecer mensalmente em juízo para informar sobre suas atividades, o que não está acontecendo.
“Considerando que mesmo lhe sendo oportunizado permanecer em liberdade e cumprir medidas diversas da prisão, a ré abandonou o cumprimento de tais obrigações, encontrando-se agora em local incerto e não sabido, com o evidente objetivo de se furtar da responsabilização perante o Estado. Com isso, a ré, por si só, demonstra que a aplicação da medida diversa da prisão não é adequada e suficiente para o caso concreto”, diz trecho da decisão do magistrado.
Como não compareceu em juízo, a mulher ainda não foi localizada para o cumprimento do mandado de prisão. A defesa da investigada não foi encontrada até a publicação desta reportagem, o espaço segue aberto.
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Conforme relatos da mulher em depoimento, ela deu à luz no dia 15 de março de 2011. A criança era fruto de uma relação extraconjugal com um colega de trabalho. O marido dela não podia ter filhos, pois já tinha feito vasectomia.
A mulher ainda contou que o marido e o amante sabiam da gravidez, mas nenhum quis assumir e já teriam pedido que ela fizesse um aborto, porém ela se recusou.
Quando entrou em trabalho de parto, a mulher relatou que o marido disse para ela “sumir e dar um jeito” na criança. Ela então procurou um amigo e pediu que ele a levasse para o hospital. Esse amigo teria dado R$ 3 mil para que fosse feito um parto cesárea.
Posteriormente, ao confessar o crime, a mulher disse que estava na rua andando e não sabia o que fazer, por isso, apertou o nariz da criança, matando-a asfixiada. Ela então enrolou o corpo da menina em diversas sacolas plásticas e guardou dentro do guarda-roupas por 20 dias.
Depois dos 20 dias, ela colocou o corpo em uma caixa com mais plástico e papelão e trancou dentro de um armário. A mulher foi presa no dia 9 de agosto de 2016, quando o ex-marido encontrou o corpo da recém-nascida no escaninho do prédio onde ela morava.
Em agosto de 2018 a mulher foi a júri popular e condenada a 18 anos e 8 meses de prisão pela morte da filha. Ela foi absolvida da acusação de esconder o corpo da menina.