Foi adiado pela segunda vez o julgamento do caso do radialista Valério Luiz, assassinado a tiros em julho de 2012 logo após sair da rádio em que trabalhava, em Goiânia. A sessão estava prevista para esta segunda-feira (14), às 8h30, mas foi suspensa após decisão do magistrado.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), o júri popular foi remarcado para o dia 2 de maio deste ano, após uma troca de advogados por parte do acusado Maurício Sampaio.
Ney Moura, que era advogado do empresário, deixou o caso na última sexta-feira (11). Na manhã de hoje (14), Maurício chegou ao tribunal acompanhado de Thales Jayme, vice-presidente da OAB-GO, que pediu um prazo para analisar o processo. O magistrado atendeu o pedido da defesa.
Adiamento do julgamento
Em abril de 2019, o julgamento, até então presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, precisou ser adiado por o magistrado emitiu um despacho dizendo que não havia estrutura para realizar o júri do tamanho que o caso exige.
Em outubro do mesmo ano, o juiz resolveu desmembrar o julgamento para que fosse possível realizá-lo. Entretanto, dois meses depois, o juiz Jesseir Coelho decidiu deixar a presidência por motivos pessoais.
Em fevereiro de 2020 o caso foi assumido pelo juiz Lourival Machado da Costa, que agendou o júri popular para 23 de junho do mesmo ano. Entretanto, foi adiado por causa da pandemia de Covid-19.
Em novembro do ano passado, o júri foi novamente remarcado para hoje, 14 de março de 2022, mas acabou sendo remarcado para o dia 2 de maio.
Acusados de matar Valério Luiz
O radialista Valério Luiz foi morto a tiros no dia 5 de julho de 2012, no Setor Serrinha, em Goiânia. Ele estava saindo do carro na porta da rádio onde trabalhava e foi baleado por um motociclista.
Em fevereiro de 2013, cinco pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil suspeitas de envolvimento no crime. Entre elas estão o ex-presidente do Atlético-GO e atual vice do conselho de administração do time, o cartorário Maurício Borges Sampaio; Urbano de Carvalho Malta, funcionário de Sampaio; policiais militares Ademá Figueiredo e Djalma da Silva; e o açogueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier. Em março do mesmo ano, os cinco foram acusados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) pelo mesmo crime.